França – Espanha (Jogos Olímpicos)
Apontadas como principais candidatas ao Ouro Olímpico desde o primeiro momento, as seleções de França e Espanha vão mesmo discutir a mais ambicionada (e valiosa) das medalhas na final do Torneio Olímpico Masculino de Futebol. O Parc des Princes, em Paris, vai acolher a decisão na próxima sexta-feira (9).
Análise França
De ouro nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, a seleção francesa ambiciona repetir o feito esta sexta-feira (9), a atuar em casa.
Atendendo à tradição futebolística e ao facto de estar a disputar os Jogos em solo nacional, França preocupou-se em reunir uma equipa competitiva na tentativa de chegar às medalhas. Esse objetivo “mínimo” está cumprido: aconteça o que acontecer na final de sexta, se mais não conseguirem, os gauleses sairão pelo menos com a medalha de prata. No entanto, não é essa a ambição que norteia a equipa comandada por Thierry Henry, empenhada em assegurar o tão ambicionado ouro.
Lacazette, Mateta, Olise, Cherki, Ugochukwu, Chotard, Luke ou Badé são alguns dos nomes mais mediáticos desta seleção que, até ver, tem estado à altura das exigências. Depois de ter feito o “pleno” na fase de grupos com vitórias ante Estados Unidos (3-0), Guiné-Conacri (1-0) e Nova Zelândia (3-0), os franceses impuseram-se à Argentina nos “quartos”, seleção que também se assumia como candidata às medalhas.
Nas “meias”, os gauleses tiveram que “puxar dos galões” para avançar. Ante os egípcios, mesmo sem deslumbrar, a seleção francesa dominou as ações durante praticamente todo o desafio e foi a equipa que mais criou, mas o desacerto (ou infortúnio) na hora de atacar a baliza foi impedindo que essa superioridade se traduzisse em termos práticos. Contra a corrente do jogo, o Egito até passou para a frente, mas Mateta estabeleceu o empate e levou a decisão para o prolongamento.
Já nos 30 minutos adicionais e com o adversário reduzido a dez unidades, foi sem surpresas que os franceses acabaram por carimbar o apuramento com golos de Mateta (“bisou”) e Olise. Logicamente sem as principais referências do seu futebol, a equipa francesa não deixa de apresentar argumentos mais que suficientes para conquistar este Torneio Olímpico de Futebol Masculino.
Onze provável: Restes, Sildillia, Lukeba, Badé, Truffert, Chotard, Akliouche, Diouf, Olise, Lacazette, Mateta
Análise Espanha
Menos de um mês depois da conquista do Europeu da Alemanha, Espanha volta a uma decisão e, diga-se a bem da verdade, a chegada a esta fase não surpreende dada a qualidade dos selecionados de Santi Denia. Individualmente, a seleção espanhola é provavelmente a mais interessante do torneio, contando com vários elementos que são opções regulares nas respetivas equipas da La Liga. Coletivamente, a equipa também tem funcionado bastante bem, algo percetível pelas exibições de bom nível que tem vindo a protagonizar.
No que ao percurso no torneio diz respeito, a seleção espanhola superou a primeira fase no segundo lugar do grupo. Depois das vitórias “obrigatórias” frente a Uzbequistão (2-1) e República Dominicana (3-1), os espanhóis perderam com o Egito (1-2) num encontro em que Santi Denia optou por dar oportunidade a atletas que, nos dois primeiros encontros, não tinham beneficiado de tanto tempo de jogo. Já na etapa a eliminar, depois de passar pelo Japão (3-0) sem sobressalto, a seleção espanhola precisou de sofrer para vencer a congénere de Marrocos (2-1), de tal forma que entrou a perder no desafio.
Onze provável: Tenas, Pubill, García, Juan Miranda, Gómez, Baena, Oroz, Barrios, Fermín López, Abel Ruiz
Dica de Prognóstico
A expetativa é a de um jogo bem movimentado no Parc des Princes, até porque frente a frente vão estar as duas seleções que melhor nível apresentaram ao longo do Torneio. França tem o fator casa a seu favor, mas acreditamos que o Ouro pode “cair” para qualquer um dos lados. As qualidades das duas equipas a nível ofensivo levam-nos a crer que podemos ter um jogo com alguns golos.
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