França – Alemanha (Amigável de Selecções)
Em agenda paralela ao play-off de qualificação França e Alemanha juntam-se numa partida amigável no Stade de France. Será um jogo em que ambas as equipas quererão dar uma imagem de força, com vista ao Euro do próximo ano. Os franceses porque obviamente têm ambições a vencer a prova de que serão anfitriões. Os alemães porque só garantiram presença no último encontro e todo o apuramento deixou a desejar.
É costume dizer-se que os amigáveis não servem para nada e é geral é verdade. Mas neste caso, eu arriscaria a dizer, de aqui em diante, mesmo os jogos de preparação vão começar a ter significado. As seleções já não têm a pressão de garantir a qualificação, que está assegurada, mas começam a ter que apresentar argumentos. Coletivamente têm que afirmar no relvado as suas pretensões e mostrar competência para isso. Individualmente, todos os jogadores sabem que as vagas são limitadas e quem não mostrar serviço ao selecionador pode acabar preterido na convocatória final. Neste encontro em particular a coisa ganha ainda mais peso porque são dois candidatos assumidos a arrebatar o troféu. Podemos até dizer, para todos os intervenientes pode ser encarado como um ensaio para uma hipotética final do Euro 2016.
A França parece ter finalmente entrado nos eixos com vista a esse objetivo. Depois de uns percalços nos amigáveis de junho – Bélgica e Albânia – os pupilos de Didier Deschamps somam quatro triunfos consecutivos, tendo sido Portugal (0-1) a primeira vítima dessa série. Seguiram-se a Sérvia (2-1), Arménia (4-0) e por fim a Dinamarca (1-2).
Por causa do caso policial em curso Karim Benzema e Mathieu Valbuena são ausências badaladas e não se sabe muito bem se voltará a haver condições para juntar esses dois numa convocatória. Oportunidade para Ben Arfa, Giroud, Griezmann e até Martial mostrarem capacidade para levar o barco a bom porto.
Na próxima terça-feira Les Blues viajam até Inglaterra, para o segundo amigável.
Onze Provável: Lloris – Sagna, Varane, Mangala, Digne – Pogba, Schneiderlin, Matuidi – Griezmann, Giroud, Martial.
A campeã do mundo só não venceu um dos últimos quatro encontros da fase de apuramento. Mas precisamente devido a esse deslize na deslocação a Dublin, na penúltima jornada, ficou obrigada a vencer o último jogo, com a Geórgia. O objetivo foi conseguido (1-2) e o passaporte carimbado, mas foi necessário que Max Kruse saísse do banco para garantir o golo da vitória, a onze minutos do fim. Com esse resultado a Alemanha conquistou o primeiro lugar do Grupo D, com vinte e dois pontos, seguida da Polónia com vinte e um, obrigando assim a República da Irlanda a disputar o play-off com a Bósnia Herzegovina.
Este foi o relato dramático do final do processo mas desde o seu início a equipa de Joachim Low deixou bastante a desejar. Afinal, as expetativas para a Alemanha estão particularmente elevadas, depois da forma autoritária e contundente como se impuseram no Mundial do Brasil. Low precisou de fazer a renovação que se impunha e naturalmente o grupo ressentiu-se das muitas mudanças, a maior de todas, talvez, a falta do antigo capitão. Mas continua a haver talento e qualidade para dar e vencer.
Mario Gotze e Marco Reus estão ambos lesionados. O que salta à vista na convocatória são as chamadas de Mario Gomez, que volta a entrar no grupo, e a estreia de Leroy Sane, que tem brilhado ao serviço do Schalke 04. Kruse saiu do banco no último jogo para salvar a equipa e pode ter ganho assim um lugar entre os titulares. Na próxima terça os germânicos recebem a vista da Holanda.
Onze Provável: Neuer – Ginter, Boateng, Hummels, Hector – Gundogan, Kroos – Muller, Ozil, Schurrle – Kruse.
França | 0-1 | Alemanha | Brasil 2014 |
França | 1-2 | Alemanha | Amigáveis 2013 |
Alemanha | 1-2 | França | Amigáveis 2012 |
França | 0-0 | Alemanha | Amigáveis 2005 |
Alemanha | 0-3 | França | Amigáveis 2003 |
O último confronto entre as duas seleções aconteceu nos quartos de final do Mundial de 2014 e todos sabemos quem viria a chegar à final e sagrar-se campeã.