Espanha – Grécia (Eurobasket 2015)
Vai ser o jogo grande dos quartos-de-final do Eurobasket 2015, o jogo pelo qual todos esperam. A Espanha tem em Pau Gasol a sua figura principal, o homem que tem carregado La Roja na competição e, uma vez mais, terá pela frente alguém que terá como missão principal parar o poste do Chicago Bulls. Na eliminatória anterior, Marcin Gortat parecia ter as condições para o fazer, mas falhou rotundamente. Agora, a Grécia chega com toda a confiança, após uma fase de grupos só com vitórias e uma eliminatória fácil frente à Bélgica.
Quem quiser parar a Espanha tem que parar Pau Gasol. Ora, frente a Polónia, isso foi impossível. Pau Gasol somou 30 pontos, fez 6 triplos em 7 tentativas, somando um total de 11 acertos em 14 tentativas de lançamento. Para além disso, ainda acrescentou mais 7 ressaltos e 4 assistências, menorizando psicologicamente os seus adversários, carregando Gortat e Karnowski com faltas e anulando-os como arma ofensiva. A mensagem ficou bem expressa na exibição dos oitavos-de-final, mas até Sergio Scariolo sabe que, agora, frente à Grécia, as coisas podem ser bem diferentes, e apenas Gasol não chegará. Primeira questão passa pelo momento de forma de Rudy Fernandez, que se espera que jogue frente aos gregos.Nikola Mirotic será importante apoio no jogo interior, enquanto Sergio Llull parece ser o base com maior capacidade ofensiva entre os escolhidos. Sergio Rodriguez tem estado algo apagado e Pau Ribas aparece, a espaços, mais como referência defensiva, mas todos eles terão que demonstrar estar ao seu melhor nível para conseguir fazer com que a Espanha avance e consiga marcar presença nas meias-finais.
Depois de uma fase de grupos sempre a vencer, a Grécia teve uma tarefa demasiado fácil frente a uma Bélgica que desistiu muito cedo de tentar lutar pelos quartos-de-final. Yannis Bourousis e Kosta Koufos foram os dois jogadores mais produtivos ofensivamente e voltarão a ser eles as duas peças com missão mais importante no jogo desta terça-feira. Os dois postes terão que dividir entre si a defesa de Pau Gasol, tentando anular a sua capacidade ofensiva. A organização do jogo cabe a Nick Calathes, que será uma peça importante na manobra da equipa, tarefa onde também conta com a imprevisibilidade de Vassilis Spanoulis. Finalmente, jogadores como Giannis Antetokounmpo e Georgios Printezis são também peças que podem desequilibrar a partir da posição 3. Com um banco muito forte e várias opções para lançar em campo, Fotis Katsirakis parece também ter um plano melhor do que o técnico adversário. Se resultará, perante a experiência dos espanhóis, será a última questão a responder no jogo dos quartos-de-final.
Em 2013, a Grécia quebrou uma série de vitórias espanholas em confrontos entre as duas equipas que se estendia desde 2006.
O favoritismo parece, neste momento, pender para o lado grego, que está mais forte, mais confiante e também mais capacitado perante a necessidade de parar uma peça importante na equipa adversária. Uma rotação mais forte poderá deixar a Grécia mais perto do título europeu, para o qual é um dos grandes favoritos.