Equador – Brasil (Mundial 2018)
A deslocação a Quito, capital equatoriana, marca o início de um novo ciclo para a seleção brasileira. Tite estrear-se-á no comando técnico da “Canarinha” e quer quebrar o mau registo que a seleção ostenta na altitude do Olímpico de Atuhalpa. O Equador, líder da zona de qualificação da CONMEBOL a par do Uruguai, quer manter a invencibilidade caseira.
A seleção do Equador recebe a congénere brasileira na sétima jornada do grupo de qualificação da CONMEBOL para o Mundial 2018, reeditando um duelo recente, na edição centenária da Copa América. O encontro terminou empatado a zero e os equatorianos conseguiram seguir para os quartos-de-final na segunda posição do grupo B com um ponto de vantagem sobre o Brasil, etapa da prova em que perderam frente aos Estados Unidos por duas bolas a uma.
A caminho do campeonato do mundo da Rússia, o Equador encabeça a pauta classificativa do grupo de qualificação para o Mundial 2018 a par do Uruguai, com 13 pontos conquistados ao cabo de seis jogos. As últimas duas rondas da fase de qualificação, disputadas em março, colocaram um ponto final na campanha 100 por cento vitoriosa que a equipa ostentava. Depois de quatro vitórias de modo consecutivo frente a Argentina (0-2), Bolívia (2-0), Uruguai (2-1) e Venezuela (1-3), os homens de Gustavo Quinteros empataram em casa com o Paraguai (2-2) e perderam na deslocação à Colômbia (3-1).
Onze Provável: Domínguez, Paredes, Antonio Valencia, Achilier, Erazo, Pedro Quiñónez, Noboa, Walter Ayoví, Ángel Mena, Enner Valencia, Jefferson Montero
Tite assume os destinos da seleção brasileira num momento conturbado em termos classificativos, uma vez que o Brasil está fora do “top 5” do grupo de qualificação para o Mundial 2018. Nos primeiros seis encontros desta fase, o Brasil venceu a Venezuela (3-1) e o Peru (3-0), empatou com a Argentina (1-1), empatou com Uruguai (2-2) e Paraguai (2-2) e perdeu com o Chile (2-0). Agora tudo faz parte do passado, tal como a modesta participação na edição centenária da Copa América que terminou prematuramente sob as ordens de Dunga. O novo responsável pela principal seleção “Canarinha” é um técnico moderno, estudioso do jogo e ganhou crédito para assumir as funções graças ao trabalho levado a cabo no Corinthians, depois de ter realizado um “ano sabático” na Europa.
Além dos perigos causados pela qualidade dos elementos que compõem a seleção do Equador, o Brasil terá que contrariar o factor altitude, uma vez que o estádio se situa mais de 2 700 metros acima do nível do mar. Para tentar agilizar o processo de adaptação à altitude, Tite solicitou aos 23 convocados que se apresentassem na capital do Equador três dias antes do jogo. Na primeira convocatória do novo seleccionador, nota para a presença de vários atletas que se sagraram recentemente campeões olímpicos, factor que reforça a confiança dos atletas em causa. O benfiquista Jonas foi chamado por Dunga para disputar a Copa América, mas Tite não o incluiu no primeiro lote de convocados.
Onze Provável: Alisson, Daniel Alves, Miranda, Marquinhos, Marcelo, Paulinho, Lucas Lima, Coutinho, Gabriel Barbosa, Gabriel Jesus, Neymar
Brasil e Equador mediram forças pela última vez na Copa América, com o marcador a assinalar um nulo ao cabo dos 90 minutos. Se olharmos apenas aos jogos disputados em solo equatoriano, os brasileiros têm muito poucas razões para estarem optimistas, uma vez que não venceram os últimos quatro jogos aí disputados. Em casa e em fases finais da Copa América, o panorama é mais animador. No início de uma nova era, a seleção brasileira quer triunfar num cenário complicado por tradição.