Dinamo Brest – Shakhtyor Soligorsk (Kubok 2020)
2019 foi um ano histórico para o Dinamo Brest, vencedor da Vysshaya Liga pela primeira vez em toda a sua história. Vencedor de três edições da Taça, duas delas nos últimos três anos, o Dinamo Brest quer voltar a esta na decisão da prova. O Shakhtyor Soligorsk, atual detentor do troféu, vai ser adversário do Dinamo Brest nesta meia-final, disputada a duas mãos. Os dois emblemas estiveram frente a frente há cerca de um mês atrás, na Supertaça, com vitória do Dinamo Brest por 2-0.
O Dinamo Brest tem uma missão hercúlea pela frente neste ano de 2020: renovar o título de campeão bielorrusso. A tarefa não se afigura fácil e o favoritismo está do BATE Borisov, emblema que detém a hegemonia do futebol naquele país. O início de campanha não tem sido particularmente auspicioso. O Dinamo teve que sofrer bastante para chegar a esta fase da Taça, uma vez que empatou os dois duelos com o Isloch (0-0) e só conseguiu carimbar o passaporte para as meias-finais graças ao triunfo na decisão através da marcação de grandes penalidades. Já nas três primeiras jornadas da Vysshaya Liga, o Dinamo já experimentou as três sensações possíveis: empatou a uma bola com o Smolevichi-STI, venceu no reduto do Slutsk (0-1) e perdeu na receção ao Slavia-Mozyr (1-2), naquela que foi a grande surpresa da jornada 3 da prova.
Apesar do desaire já averbado às mãos do Slavia na presente época, importa referir o partido que o Dinamo Brest fez do seu estádio um autêntico “cofre forte” na última época: em 16 desafios oficiais, perdeu apenas um encontro diante do Dinamo Minsk (1-2).
No que ao saldo de golos diz respeito, note-se que se verificaram menos de três golos em quatro dos cinco jogos disputados pelo Dinamo Brest até então. Pavel Nekhaycik (agora no BATE) e Khoblenko (transferido para o Dnipro) apontaram 20 golos entre si na última época. Para colmatar as duas vagas foram contratados Elis Bakaj (Soligorsk) e Sadovskiy (Energetik), jogadores que ainda se estão a adaptar à nova equipa e aos métodos de Sergey Kovalchuk.
Onze provável: Ignatovich, Veretilo, Pavlovets, Vitus, Gabi, Kislyak, Bykov, Gordeichuk, Bakaj, Milevskyi, Sadovskiy
O Shakhtyor Soligorsk conquistou a Taça da Bielorrússia pela terceira vez na sua história em 2019, ao bater o Vitebsk na final por duas bolas a zero. A equipa treinada pelo ucraniano Yuriy Vernydub na presente edição da Taça começou com um triunfo por duas bolas a uma fora de portas, no terreno do Gomel, atualmente no segundo escalão. Já nos quartos-de-final, perdeu os dois duelos com o Torpedo Zhodino (0-1, 2-0), adversário diante do qual viria a perder na ronda inaugural da Vysshaya Liga por uma bola a zero. Já nos dois encontros seguintes, o Shakhtyor venceu no reduto do Gorodea (0-2) e empatou sem golos com o Neman (0-0). Até então, o Shakhtyor só mediu forças com adversários que estão consideravelmente abaixo do Dinamo Brest do ponto de vista competitivo.
O Shakhtyor tem a seu favor a possibilidade de disputar a segunda mão no seu próprio terreno, contexto que poderá influenciar a postura da equipa na hora de abordar esta primeira mão, presumivelmente mais cautelosa, sem se expor tanto do ponto de vista defensivo.
Onze provável: Gutor, Matveychyk, Burko, Politsevich, Sachivko, Balanovich, Llullaku, Podstrelov, Diasamidze, Ivanovic, Kendysh
A expectativa é a de uma eliminatória equilibrada, embora o favoritismo quanto ao acesso penda ligeiramente para o lado do Dinamo Brest, mesmo considerando que a equipa não esteja ao nível esperado neste início de campanha. Em casa, o Dinamo está obrigado a conquistar a vantagem e terá que assumir as despesas do jogo.