Diego Schwartzman – Dominic Thiem (ATP Rio de Janeiro)
Dominic Thiem avança para os quartos quartos de final da temporada. O Austríaco é o único jogador do top-20 que resiste em prova no ATP 500 do Rio de Janeiro e está em posição privilegiada para ir até ao fim. Pela frente terá o argentino Diego Schwartzman, quinquagésimo primeiro do ranking, adversário frente ao qual tem um registo altamente animador. Thiem venceu os dois embates entre ambos mas há que reconhecer que foram sempre renhidos até ao fim.
Só por marcar presença nos quartos de final, Diego Schwartzman já superou a sua anterior melhor prestação no Open do Rio. Em 2016 caiu na ronda prévia, precisamente às mãos do adversário que se segue. Nesta edição o número cinquenta e um do ranking ATP teve que superar dois compatriotas nas eliminatórias iniciais. Primeiro afastou Renzo Olivo, nonagésimo segundo da hierarquia, com os parciais de 6-2, 3-6 e 6-4. Depois cruzou-se com Federico Delbonis (6-4, 7-6). O encontro durou praticamente duas horas. O primeiro set foi determinado pelo facto de Delbonis deixar escapar o seu segundo jogo de serviço. Foi o que bastou. No segundo voltou a afazer o mesmo, desta feito no terceiro jogo de serviço, mas conseguiu reequilibrar com um contrabreak ao décimo jogo, para 5-5. A partir daí a igualdade aguentou-se até ao tie break. Schwartzman aproveitou o desacerto do opositor para rapidamente fechar o parcial e o encontro (1-7 no decisivo).
Schwartzman teve uma pontinha de azar em Buenos Aires, na estreia em terra batida. Desembaraçou-se de Facundo Bagnis (6-1, 6-4) com facilidade e depois apanhou pela frente Kei Nishikori (5-7, 6-2, 6-2) nos oitavos de final. O argentino conseguiu assustar o número cinco mundial e até conquistou o primeiro set. Mas o nipónico reagiu com a conhecida energia e acabou por reverter a desvantagem nos parciais seguintes.
Esta será a quarta vez que Dominic Thiem chega aos quartos de final de um torneio, esta temporada. Fê-lo em Brisbane, Sidnei e Roterdão, onde caiu vítima de Grigor Dimitrov (6-3, 4-6, 6-3), Danny Evans (3-6, 6-4, 6-1) e Pierre-Hughes Herbert (6-4, 7-6), respetivamente. Resistiu até aos oitavos de final no primeiro Major da época, altura em que David Goffin (5-7, 7-6, 6-2, 6-2) lhe saiu ao caminho.
Como segundo cabeça de série no ATP 500 do Rio de Janeiro, à partida o objetivo seria repetir, pelo menos, a meia-final da edição do ano passado. Nessa altura o austríaco bateu David Ferrer (6-3, 6-2) antes de ser inesperadamente travado por Guido Pella (6-1, 6-4). Mas com o afastamento precoce de Nishikori e Pablo Cuevas, a concorrência mais capaz de lhe criar dificuldades, o número oito mundial fica quase obrigado a fazer melhor. A final e, quem sabe, o oitavo título de carreira, têm que estar na cabeça do tenista de vinte e três anos.
Os caprichos do sorteio ditaram dupla série de obstáculos sérvios que se sucedem no ranking: Janko Tipsarevic (6-4, 7-5) é nonagésimo sexto, Dusan Lajovic (6-2, 7-5) está uma posição abaixo. Em ambas as rondas foi bem mais fácil para Thiem vencer o primeiro set. O segundo terminou sempre de forma tremida, com erros de parte a parte, com o austríaco a fazer uso das suas qualidades superiores para evitar arrastar a decisão para tie break.
2016 | ATP Rio de Janeiro | Thiem | 2 | 7 | 7 | R16 |
Schwartzman | 0 | 5 | 5 | |||
2015 | Masters de Miami | Thiem | 2 | 7 | 1R | |
Schwartzman | 0 | 6 | 5 |
Dominic Thiem venceu os dois duelos que travou com Diego Schwartzman, em sets diretos. Mas foram ambos muito renhidos. Um dos sets foi a tie break e os outros três ficaram a 7-5, o que prova a dificuldade em descolar do seu adversário.