David Ferrer – Andy Murray (ATP Miami)
Chegamos à final de mais um ATP Masters 1000, foram inúmeras as estrelas que marcaram presença em “Crandon Park”, um dos maiores centros de ténis do mundo. Se na teoria a ausência do suíço Roger Federer e do espanhol Rafael Nadal tornaria o caminho mais fácil para o número 1, Novak Djokovic, na prática não foi bem assim. O cabeça de série perdeu bem antes de poder sequer deslumbrar a final, frente ao alemão Tommy Haas na ronda 16.
Depois disso, jogaram-se os quartos de final e as meias-finais que apuraram para a final, o 3 º cabeça de série e o 2 º, David Ferrer e Andy Murray respectivamente.
David Ferrer é um jogador espanhol de 31 anos que ocupa a 5 ª posição do ranking ATP mundial. O seu bom desempenho neste torneio já lhe garantiu a subida para a 4 ª posição do ranking ocupada actualmente por Rafael Nadal. Ferrer é um jogador de estatura média com uma grande resistência e velocidade. Tenta chegar e mandar todas as bolas para o outro lado da rede e por isso farta-se de correr no court. Não é propriamente um jogador com muitas armas, sobressai acima de tudo pela sua garra e paciência, tem um bom serviço e com ritmo, é um jogador que comete poucos erros.
Andy Murray é um jogador escocês de 25 anos que ocupa a 3 ª posição do ranking ATP mundial, possui um grande leque de pancadas e é um jogador que gosta de variar o seu jogo. Murray melhorou um pouco o seu ténis frente ao francês Richard Gasquet na semi-final, perdeu a primeira partida que ficou definida num tie-break, mas depois conseguiu dar a volta e sair vitorioso. Ainda assim é de realçar que está longe do seu melhor ritmo, e a história do encontro poderia muito bem ter sido outra se o francês não tivesse ressentido problemas com bolhas nos pés e até algum cansaço.
Esta será uma grande final, certamente muito disputada e com o eventual vencedor a permanecer num mistério até muito perto do fim. Andy Murray parte como favorito para este encontro, procura o primeiro titulo da temporada e a subida ao 2 º posto do ranking que acontecerá caso seja o vencedor em Miami. As suas exibições não estão surpreendentes, aliás toda esta época desde a final do Open da Austrália perdida tem andado abaixo das expectativas.
O Espanhol Ferrer está ao nível que nos tem habituado e vê nesta final a oportunidade de conquistar o segundo Masters 1000 de toda a sua carreira.
Espero um jogo equilibrado a par das semi-finais, ambas disputadas em 3 partidas e um encontro onde os pequenos pormenores farão a diferença. Ainda assim parece-me que as qualidades do Escocês serão cruciais e o Espanhol não será capaz de mais, para além da conquista de uma partida.
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