Daniel Gimeno-Traver – Marcel Granollers (ATP – Portugal Open)

A prestação de Daniel Gimeno-Traver, nesta edição do Portugal Open, tem sido impressionante. O número noventa e oito do mundo, que nos últimos três anos não passou da primeira ronda, já se conseguiu sobrepor a cinco adversários, superando assim a sua melhor classificação de sempre no evento do Jamor, os oitavos de 2010. As três partidas que teve que vencer para chegar ao quadro principal parecem tê-lo enchido de confiança e até agora não perdeu um único set na argila do Estádio Nacional. Infelizmente, o bom momento que atravessa interrompeu a extraordinária campanha de Rui Machado, que na ronda anterior tinha tido uma tarde perfeita, aplicando uma “bicicleta” a Tursunov. No Court Central, o português beneficiou do apoio do público e bem tentou contrariar o favoritismos de Gimeno-Traver, mas sem sucesso. O tenista mais cotado venceu o primeiro set com alguma facilidade. No segundo, Machado ainda conseguiu recuperar de 3-5 para 6-5 mas quebrou completamente no tiebreak (3-6, 6-7).
Esta temporada o espanhol de vinte e oito anos contabiliza treze vitórias – nove em terra batida, cinco das quais no Jamor – e doze derrotas. O ponto alto foram os quartos-de-final do torneio chileno de Vina del Mar, em que foi derrotado pelo argentino Leonardo Mayer, à melhor de três (3-6, 7-5, 6-3).

O terceiro cabeça-de-série do Portugal Open teve que se aplicar a fundo para não ficar pela primeira ronda. O duas vezes campeão do Estoril, Albert Montanés, pode já ser um veterano mas não o toque. Entrou no court central determinado a dificultar a vida ao adversário e dominou por completo o primeiro set. Depois do impacto inicial, Marcel Granollers teve que alterar a sua tática, tomando mais vezes a iniciativa e obrigando o compatriota a cometer mais erros. No final, maior consistência de Granollers venceu a agressividade de Montanés.
Em 2014, o número trinta e um ATP, jogou dezanove encontros em singulares – com oito vitórias e onze derrotas – a que se juntam outros dezassete na competição de pares, em que Granollers se mantém bastante activo, ao lado de Marc Lopez. Começou a temporada atingindo as semifinais do torneio de Chennai, na Índia, onde caiu às mãos do francês Roger-Vasselin, à melhor de três (6-2, 4-6, 6-3). O seu outro ponto alto deste primeiro troço da época foi a final de Casablanca, no mês passado. Depois de ultrapassar Albert Ramos (6-3, 7-6), Carreno-Busta (6-7, 6-3, 6-0) e o argentino Frederico Delbonis (6-1, 6-4), encontrou Guillermo Garcia-Lopez. Apesar de ter ganho o primeiro set, no tiebreak, não resistiu ao número trinta e nove do ranking nos dois sets seguintes (5-7, 6-4, 6-3). Em Monte Carlo e Barcelona jogou apenas uma partida. No Mónaco foi eliminada na primeira ronda pelo búlgaro Grigor Dimitrov (14º), em três sets. Uma semana mais tarde, na Catalunha, perdeu para o austríaco Dominic Thien (70º), pelos parciais de 3-6, 6-3 e 6-2.

Daniel Gimeno-Traver leva vantagem nos confrontos diretos, quatro para dois. Começou por vencer os três primeiros. Um Futures (6-4, 6-1) e o Challenger de Oberstaufen (6-3, 7-5), em 2005, e o torneio de Guayaquil (6-1, 6-3), no Chile, em 2007. Um ano mais tarde foi a vez de Granollers se superiorizar, na final de Tânger, que venceu com dois parciais de 6-4. Em 2010, o jogador mais cotado manteve o ascendente e eliminou o compatriota do qualifying de Roma (6-2, 6-4). O último encontro entre os dois, em 2011, em Hamburgo, saldou-se por uma vitória de Gimeno-Traver, com a desistência do adversário, com um problema no braço direito, no final do primeiro set.

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