Dallas Cowboys – Tampa Bay Buccaneers (NFL)
Os Cowboys recebem os Buccs este domingo em alvoroço. A equipa de Dallas continua a ter, de longe, o melhor registo da Conferência Nacional mas bastou uma segunda derrota, ao fim de onze vitórias consecutivas, para se por tudo em causa. É verdade que Tampa Bay venceu todas as partidas da segunda metade da temporada regular e está em luta acesa pela liderança na NFC Sul. Vai ser um desafio e tanto mas os Cowboys estão de volta a casa.
Quem prestar atenção ao que se diz e escreve sobre a próxima jornada da NFL pensa que os Dallas Cowboys estão à beira do precipício. Como se – e é um grande se – uma nova derrota frente a Tampa Bay fosse o fim do sonho da equipa, o fim da época. Não seria. Dallas está a superar as expetativas mais alucinadas que qualquer pessoa pudesse ter sobre a temporada. Esta é a formação que há um ano terminou as dezasseis jornadas com quatro vitórias e doze derrotas! Convém não perder de vista essa realidade. E que quando Tony Romo se voltou a lesionar com gravidade essa voltou a ser a projeção. Contra todas as probabilidades, um quarterback que não tinha sido um dos mais cobiçados do draft, assumiu o lugar e levou a equipa a situação em que se encontra hoje. Não estou a esquecer o contributo monstruoso de Zeke nem da linha ofensiva. Só que esses estão a ter uma prestação mais próxima do esperado.
É verdade que Dak Prescott esteve menos impressionante nos dois últimos jogos. Mas, primeiro, não foi o único. E, segundo, as equipas adversárias tiveram alguma coisa a ver com isso. Ainda assim saiu com uma vitória de Minnesota (17-15) e perdeu com os Giants (10-7) por três pontos. Os números do QB rookie não foram famosos – treze passes completos de trinta e sete tentativas para um ganho de apenas cento e sessenta e cinco jardas, duas interceções e um touchdown – e de repente já meio mundo pede a entrada de Tony Romo. De um momento para o outro esquece-se tudo o que foi feito até agora – onze triunfos, grande cabeça fria e capacidade de liderança, atitude irrepreensível – e chama-se o Romo de há dois anos. Porque é nisso que as pessoas estão a apostar. Que o QB veterano vai entrar, depois de quase dois anos sem jogar, e ser a sua melhor versão. Outro argumento que se ouve muito é o de que Romo poderia tirar melhor partido de Dez Bryant com os passes longos. Se isto fosse um jogo de computador, talvez. Na realidade é altamente improvável que conseguisse fazer alguma coisa. E por falar em Bryant, ele está a ser pago a peso de ouro, como estrela desta equipa, e a sua contribuição tem sido muito mediana. Uma das interceções de Prescott em New York foi mais responsabilidade do wide receiver do que do quarterback.
Os Tampa Bay Buccaneers estão no segundo lugar da NFC Sul, com o mesmo registo dos Falcons: oito vitórias e cinco derrotas. Desde que entraram na segunda metade da temporada os Buccs somam só vitórias. O triunfo de domingo, em New Orleans (16-11), foi o quinto consecutivo. A luta pela divisão está em aberto e com ela um lugar nos play-offs. As exibições de Jameis Winston perderam a inconsistência que evidenciou na primeira metade da época. Basicamente, o talento do plantel dos Buccs demorou um pouco a atingir o seu melhor momento, o que é natural numa equipa bastante jovem. Mas ganhar embalo em dezembro é o segredo para chegar e ter sucesso na pós-temporada. A defesa tem estado a bom nível e só nesta série vitoriosa de cinco jogos conseguiram somar catorze takeaways. Gerald McCoy e Robert Ayers têm sido um pesadelo para os quarterbacks adversários.
2015 | Tampa Bay Buccaneers | Dallas Cowboys | Raymond James Stadium | 10-6 |
2012 | Dallas Cowboys | Tampa Bay Buccaneers | Cowboys Stadium | 16-10 |
2011 | Tampa Bay Buccaneers | Dallas Cowboys | Raymond James Stadium | 15-31 |
Os Buccaneers venceram apenas um dos últimos confrontos com os Cowboys mas foi o mais recente.