Dallas Cowboys – Baltimore Ravens (NFL)
Este vai ser um duelo de titãs. Eu sei que o destaque vai para os rookies de Dallas e a declaração corajosa de Romo. Mas a verdadeira beleza deste jogo de domingo será a luta entre a linha ofensiva dos Cowboys – que já está a ser equacionada para MVP – e a primeira linha defensiva dos Ravens. Monstros dos dois lados e a forma como esse combate vai afetar a prestação de Elliott. Mal posso esperar.
Eu sei que vai haver sempre alguém a esmiuçar o suficiente para trazer para a ribalta as falhas dos Dallas Cowboys, por mais que a cada semana a equipa continue a superar-se a despachar obstáculo atrás de obstáculo. Sim, não há formações perfeitas, mas tentar retirar brilho à melhor equipa da Conferência Nacional é tão mau como endeusá-la como a melhor coisa que aconteceu ao futebol americano.
No domingo passado Dallas arrancou a ferros a vitória em Pittsburgh (35-30), a oitava consecutiva. Foi uma exibição que exigiu suor e cabeça fria nos momentos-chave. Até ao terceiro período ainda se discutia a questão Dak Prescott vs Tony Romo. Quando surgiria a oportunidade do quarterback veterano, do que ele podia acrescentar, etc. Mas quando o árbitro deu por acabada a partida o assunto estava encerrado. Pela primeira vez na sua carreira Dak fez um jogo acima das trezentas jardas mas o que conquista toda a gente é a mentalidade. Foi preciso reagir a um erro que custou um touchdown, foi preciso recuperar uma desvantagem frente a um adversário que tem uma equipa qualidade e experiência a rodos. Um rookie fez isso. Manteve a cabeça fria, não entrou em pânico, e ainda assumiu a responsabilidade de motivar e pedir concentração aos companheiros. Isto é liderança pura e é por isso que todos dentro do balneário lhe tiram o chapéu. Romo pôs o ponto final no assunto com uma declaração corajosa. Podia ter emitido um comunicado para acabar com o assunto mas ele expôs-se na aceitação: “Prescott conquistou o direito de ser o «nosso» QB”. Uma atitude assim explica porque Tony é rei em Dallas e continua a liderar a equipa. Porque sabe dar o passo atrás e reconhecer o que é melhor, no momento, para o grupo. Por mais que custe, e em que custar horrores.
Eu sei que este é o assunto incontornável quando se fala dos Cowboys. Mas para mim este jogo de domingo será uma batalha brutal entre duas unidades: a linha ofensiva de Dallas e a primeira linha defensiva de Baltimore. De um lado estão titãs, atletas tremendos, e será nesta luta que se inclinará a partida. Já há quem aponte a possibilidade de votar na Linha Ofensiva dos Cowboys para MVP, porque realmente é este grupo que potencia todo o resto que explode no jogo de Dallas. Mas os Baltimore Ravens têm a melhor defesa da NFL, concedendo em média quase duzentas e oitenta e duas jardas por encontro, mas aquilo é que são verdadeiramente especialistas é em travar o ataque em corrida, precisamente por causa daqueles sete da frente. A grande questão aqui é saber se Zeke Elliott vai ficar acima ou abaixo das cem jardas neste jogo. O que provavelmente decidirá o desfecho do mesmo.
Baltimore chega a Dallas descansado, depois de ter tido dez dias de intervalo entre jogos. Jogou na quinta-feira, dia 10, em casa, com os Cleveland Browns (28-7). Joe Flacco está a ter uma temporada desastrada e estamos sempre à espera que manche as prestações com um ou dois erros desnecessários. É verdade que também não dispõe de armas ofensivas que outras equipas possuem, mais uma razão para a defensiva ser o verdadeiro ganha-pão dos Ravens.
Os Ravens (5-4) estão no primeiro lugar da AFC Norte mas a margem é curtíssima para os Steelers (4-5) e não se podem descuidar.
2012 | Baltimore Ravens | Dallas Cowboys | M&T Bank Stadium | 31-29 |
2008 | Dallas Cowboys | Baltimore Ravens | Texas Stadium | 24-33 |
2004 | Baltimore Ravens | Dallas Cowboys | M&T Bank Stadium | 30-10 |
2000 | Baltimore Ravens | Dallas Cowboys | PSINet Stadium | 27-0 |
Ravens e Cowboys só se defrontaram por quatro vezes e os de Baltimore estão cem por cento vitoriosos.