Crusaders FC – Skenderbeu (Liga dos Campeões)
Os Crusaders sabem que vão ter que entrar a todo o vapor e marcar rapidamente para manterem alguma hipótese de passar a eliminatória. O Skenderbeu revelou-se um adversário bem mais consistente do que os estónios do Levadia, o que só pode ter surpreendido irlandeses muito distraídos. O futebol albanês, e já não é de hoje, não é pera doce para os visitantes.
Os Crusaders FC bem gostariam de repetir o sucesso da ronda anterior. Ultrapassar o FC Levadia, da Estónia, ainda que com dois empates (0-0, 1-1) – a igualdade com um golo fora deu a vantagem necessária – foi preciosa para a moral do clube mas sobretudo para os seus cofres. Tendemos a esquecer que para estes campeões de campeonatos mais modestos, cada eliminatória superada representa um encaixe de setecentos e cinquenta mil euros, uma verba choruda, que clubes como o Crusaders FC não ganhariam, de uma vez só, de nenhuma outra forma.
Os jogadores estão bem cientes de que terão que marcar posição e ser eficazes desde o segundo inicial desta segunda mão, depois do resultado penalizador da primeira (4-1). Atitude só não será suficiente, a não ser que se traduza, rapidamente, em golos. E, mais importante que tudo, é não conceder. Porque se o Skenderbeu marca está praticamente sentenciado o encontro. Aí seriam necessários quatro golos só para levar o jogo a prolongamento. O golo de Jordan Owens, que reduziu será a maior fonte de esperança para o Crusaders, embora pela frente vá encontrar um opositor aguerrido e a desvantagem seja talvez demasiado pesada para recuperar.
Onze provável: Sean O’Neill – BJ Burns, David Magovan, Josh Robinson, Craig McClean – Declan Caddell – Michael Carvill, Paul Heatley, Robert Clarke, James Mitchell – Jordan Owens.
O campeão albanês entrou na segunda pré-eliminatória da Liga dos Campeões decidido a ir em frente. A declaração de intensões do Skenderbeu não podia ter sido mais veemente (4-1). Aos quinze minutos já Bakary Nimaga colocava a equipa da casa em vantagem e vinte minutos mais tarde o veterano Hamdi Salihi confirmava e alargava o sentido do marcador. A entrada determinada dos irlandeses do norte, com um golo no arranque da segunda metade, não abanou nem os fez aliviar a pressão. Pelo contrário, os albaneses provaram conseguir manter o vigor físico até aos últimos momentos do jogo, ao contrário do adversário que, claramente, acusou algum cansaço.
O motor do Skenderbeu é, incontestavelmente, o médio ofensivo Bernard Berisha, autor do terceiro golo dos albaneses na eliminatória. O kosovar, de vinte e três anos, tem qualidade técnica e demostra uma leitura de jogo muito acima da média.
Aparentemente, os responsáveis do clube albanês cometeram um erro administrativo – solicitaram visas à Irlanda e não ao Reino Unido – que podia ter impossibilitado a presença em Belfast. Mas quando o lapso foi identificado foi também encontrada uma solução, que passa por uma breve escala em Paris para levantar as necessárias autorizações.
Onze provável: Orges Shehi – Kristi Vangjeli, Marko Radas, Teufik Osmani, Renato Arapi – Gerhard Progni, Bakary Nimaga, Bledi Shkempi, Bernard Berisha – Handi Salihi, Ventsislav Hristov.
O único confronto entre estes dois emblemas foi o jogo da primeira mão, da passada terça-feira.
Skenderbeu | 4-1 | Crusaders | Liga dos Campeões (2PE) 15/16 |