Club Nacional – Boca Juniors (Taça Libertadores)
Ordem para sonhar. Quem elimina um adversário como o Corinthians tem toda a legitimidade para alimentar o sonho de alcançar a final da Libertadores. O Club Nacional é o protagonista do feito e, nos quartos-de-final, prepara-se para medir forças com outro nome forte do futebol sul-americano: O Boca Juniors. A Bombonera fervilha com a possibilidade de conquistar o troféu mais desejado do continente.
Com uma equipa jovem, irreverente e soberanamente orientada por Gustavo Munúa, o Club Nacional é o único representante do Uruguai nos quartos-de-final da Libertadores. Depois de eliminar o Corinthians em plena Arena de Itaquera – o “Timão” voltou a falhar numa decisão em casa -, o conjunto “charrua” merece todo o respeito da concorrência e o Boca Juniors não foge à regra. O clube confirmou que a primeira mão vai ser disputada no Gran Parque Central, estádio que habitualmente serve de casa ao Club Nacional e no qual só perdeu duas vezes em 17 jogos oficiais já realizados esta temporada – os argentinos do Rosário Central venceram no Uruguai em jogo da fase de grupos (2-0).
Nas hostes nacionalistas não há margem para duvidas: A prioridade é a disputa da Libertadores. Munúa já o demonstrou quando abdicou de utilizar alguns atletas no compromisso do Clausura que antecedeu a partida na Arena de Itaquera (2-2). O facto de estar envolvido na luta pelo título uruguaio não altera o foco da equipa em chegar longe na Libertadores, mesmo tendo em conta que defronta o Peñarol na próxima jornada.
Onze Provável: Esteban Conde, Jorge Fulice, Diego Polenta, Mauricio Victorino, Alfonso Espino, Gonzalo Porras, Sebastián Fernández, Santiago Romero, Leandro Barcía, Nicolás López, Kevin Ramírez
O Boca Juniors é um crónico candidato a vencer a Libertadores, mas a verdade é que não foi colocado no lote de favoritos à vitória final no início desta edição. Indiferente a qualquer consideração alheia, o clube que cumpre uma suspensão de quatro jogos à porta fechada venceu o grupo 3 com 12 pontos e encarou o Cerro Porteño nos oitavos-de-final, adversário pelo qual passou com sucesso. Tal como o experiente Cata Díaz referiu em declarações à imprensa, o grupo de trabalho tem beneficiado da menor pressão em relação ao habitual, embora a continuidade na prova provoque um aumento a esse nível. Depois de ultrapassarem os paraguaios do Cerro com duas vitórias (1-2; 3-1), os argentinos estão preparados e motivados para a eliminatória diante do Nacional.
Relativamente à participação na competição doméstica, a situação do Boca é idêntica à do Club Nacional tendo em conta que já não luta por qualquer objetivo. A condição física dos seus principais intérpretes vai ser salvaguardada para as partidas da Libertadores e a gestão já foi feita no último encontro frente ao Huracán, que culminou com uma igualdade sem golos. As palavras do treinador Guillermo Barros Schelotto espelham a importância que o Boca atribuiu a este encontro da primeira mão, no Uruguai: “É como um clássico”.
No lote de convocados, destaque para os regressos de Pablo Osvaldo e Peruzzi, que estão recuperados de lesão. Nicolás Lodeiro e Fernando Gago continuam de fora e obrigam Schelotto a repensar a estrutura do meio-campo.
Onze Provável: Orion, Peruzzi, Cata Díaz, Insaurralde, Fabra, Meli, Jara, Pérez, Pavón, Tevez, Carrizo
O Boca Juniors venceu na última ocasião em que visitou o Gran Parque Central, em encontro relativo à fase de grupos da Libertadores 2013. Invicto na atual edição da Libertadores, o conjunto de Buenos Aires chega a esta partida na sequência de cinco vitórias consecutivas e tem mais um grande teste às suas capacidades. Venceu as duas últimas deslocações que realizou ao “Cilindro” de Avellaneda (0-1) e ao Defensores del Chaco (1-2), mas sabe que repetir a façanha nesta ocasião vai ser difícil. Com uma média de dois golos marcados por jogo na Libertadores, o Boca quer fazer golos nesta deslocação à capital do Uruguai. Desse ponto de vista, a capacidade de desequilíbrio de Carlitos Tévez pode vir a revelar-se determinante.