Chile – Uruguai (Copa América)
O embate entre Chile e Uruguai promete ser um dos encontros mais entusiasmantes da fase de grupos da Copa América 2019. Os bicampeões em título já asseguraram a presença na próxima fase, ao passo que o Uruguai tem tudo para confirmar o acesso independentemente do resultado e, em caso de vitória, poderá vencer o grupo C. O encontro vai decorrer no Maracanã, no Rio de Janeiro.
Depois de ter desiludido a nação ao falha o acesso à fase final do Mundial 2018, na Rússia, a seleção do Chile, bicampeã do continente sul-americano em título, venceu os dois primeiros encontros que disputou na Copa América 2019. Além de ter vencido os embates com Japão (0-4) e Equador (1-2), a equipa chilena deixou boas indicações. O “núcleo duro” das últimas edições mantém-se e, até ver, a maioria dos elementos que o compõem têm deixado boas indicações. Vidal e Sánchez são dois bons exemplos disso mesmo e continuam a assumir um papel determinante na equipa agora orientada pelo colombiano Reinaldo Rueda.
O primeiro grande teste nesta Copa América 2019 surgirá neste confronto com o Uruguai. Aos chilenos basta um empate para seguir em frente com estatuto de líderes do grupo, mas caso permitam que o adversário crie tanto quanto o Japão na primeira jornada, por exemplo, poderão dar-se mal, ou não estivéssemos a falar de adversários como Edinson Cavani ou Luís Suárez – o Equador marcou aos chilenos de bola parada, na conversão de uma grande penalidade, pelo que os homens de Rueda ainda não sofreram um golo de bola corrida na prova. Antes dos quartos-de-final, etapa para a qual o Chile já está apurada, eis que surge um teste “à altura.
Onze provável: Arias, Isla, Maripán, Medel, Beausejour, Vidal, Pulgar, Aránguiz, Fuenzalida, Vargas, Sánchez
O Uruguai foi a seleção que melhor se exibiu na primeira jornada da fase de grupos ao golear o Equador por quatro bolas a zero, mas para semelhante desfecho muito contribuiu a expulsão de José Quintero aos 24 minutos, altura do desafio em que os “Charrúa”, ainda para mais, já venciam por uma bola a zero. No segundo desafio, contra toda e qualquer expectativa, os uruguaios não foram além de um empate a duas bolas com a jovem equipa do Japão que, de resto, chegou a estar em vantagem no desafio por duas vezes. Apesar da igualdade no embate com os nipónicos, foi a seleção do Uruguai que dispôs sempre das melhores ocasiões para marcar, desperdiçando várias chances flagrantes para chegar ao golo e levar os três pontos. Em termos práticos, o resultado me nada mexeu com as ambições dois uruguaios que aguardam agora pela confirmação matemática do acesso e até poderão vencer o grupo se somarem três pontos neste derradeiro desafio.
Olhando para o panorama das seleções sul-americanas, a seleção uruguaia, detentora do maior número de edições da Copa América no seu palmarés, foi na verdade a que melhor se soube renovar. Por agora, o seleccionador Óscar Tabárez, já de si uma figura indissociável da seleção uruguaia, continua a contar com figuras como Godín, Cavani e Suárez. De resto, é essa manutenção de referências aliada à introdução de novos talentos que faz com que esta equipa seja uma das mais fortes candidatas a arrebatar o título.
Onze provável: Muslera, Cáceres, Giménez, Godín, Laxalt, Torreira, Betancur, Nández, Lodeiro, Suárez, Cavani
Olhando às caraterísticas das seleções de Chile e Uruguai e ao que fizeram nos jogos já disputados, a probabilidade de ambas conseguirem chegar ao golo neste desafio parece-nos elevada, sobretudo tendo em conta que não se trata de um encontro a eliminar, situação que vai fazer com que nenhuma das equipas adote uma abordagem excessivamente cautelosa.