Feirense – FC Porto (Liga NOS)
Está a ser uma boa semana para o FC Porto e poderá ainda melhorar este domingo. A equipa azul e branca joga em Vila da Feira e quererá conquistar os três pontos que lhe permitirão aproveitar o que se passar no jogo entre Benfica e Sporting. Seja qual for o resultado do dérbi de Lisboa, os portistas ficarão a ganhar, seja aproximando-se do primeiro lugar, seja alcançando o segundo classificado, havendo ainda a possibilidade de conquistar ambas as frentes. Para o Feirense, numa fase menos boa da sua temporada e com algum feedback negativo da atuação da direção da sociedade desportiva, joga-se, sobretudo, a oportunidade de conquistar pontos frente a um grande, no seu estádio.
O Marcolino de Castro terá oportunidade de viver uma tarde de futebol à moda antiga, com um domingo à tarde a ficar reservado para a realização do seu jogo frente ao FC Porto. Com isso espera-se que o público possa corresponder, enchendo as bancadas e alimentando, do lado de fora do relvado, um espetáculo que começa desequilibrado.
O Feirense não vence há sete jogos e com cinco derrotas consecutivas, entre Liga NOS, Taça de Portugal e Taça da Liga, vai caindo na classificação do campeonato. José Mota reconhece o momento mais sensível que a equipa atravessa, apostando, sobretudo, num adversário menos inspirado do que aquele que tem visto nos últimos dois encontros. A situação complica-se para o Feirense, que teve a sua última vitória para o campeonato, no Bessa, já em setembro. Depois disso, empates com Vitória de Setúbal e Desportivo de Chaves, e as já referidas derrotas. Para mudar esse rumo, o técnico deverá apostar numa estrutura mais defensiva, aproveitando ainda a questão de este ser o primeiro dos grandes a visitar Vila da Feira, esta temporada. Com todos os jogadores disponíveis, à exceção do amarelado Vítor Bruno, conseguir não cometer erros (ao contrário do que aconteceu na visita à Luz, por exemplo), evitar ansiedades e apresentar alguma agressividade na transição ofensiva, serão elementos chaves para ficar mais perto do sucesso.
Onze Provável: Vaná – Barge, L. Rocha, P. Monteiro, A.Kakuba – Luís Aurélio, Ricardo Dias – Jean Sony, Tiago Silva, Etebo – Karamanos.
O FC Porto regressou de uma queda que parecia inevitável, entrando nesta jornada com a postura jovial de quem recuperou toda a confiança. Depois de algumas horas sem conseguir marcar um golo, a equipa desbloqueou no passado sábado, quando recebeu o SC Braga e, depois de falhar uma grande penalidade e ver-se com mais um jogador durante uma hora, teve que esperar pelo minuto 95 para que Rui Pedro marcasse. Quebrado o “feitiço”, o derradeiro encontro da fase de grupos da Liga dos Campeões permitiu-lhe encontrar um caminho para o otimismo, já que perante um Leicester de segunda (ou terceira…), a equipa demonstrou capacidade ofensiva e goleou por 5-0. Poderá olhar-se para tudo isto de forma bem mais cínica, com as dificuldades em finalizar frente ao Braga e as facilidades excessivas encontradas no jogo com o campeão inglês, mas a verdade é que Nuno Espírito Santo e o seu plantel estarão a aproveitar para cavalgar a possibilidade de sucesso, para além de poder encontrar neste fim-de-semana mais razões de motivação externa. Com Benfica e Sporting a entrarem em campo logo de seguinda, e garantindo que um dos dois (pelo menos) perderá pontos nesta jornada, o balanço da semana poderá ser ainda mais positivo. Otávio, lesionado, continuará de fora, garantindo a Brahimi mais um jogo para comprovar a injustiça de ter estado sentado no banco (ou na bancada) tanto tempo, está época. Mas com um mal de um surge o bem para outros e o argelino está a aproveitar para garantir que também conta.
Onze Provável: Casillas – Maxi Pereira, Felipe, Marcano, Alex Telles – Rúben Neves – Jesús Corona, Óliver Torres, Brahimi – André Silva, Diogo Jota.
Na última visita do FC Porto à Feira, em jogos da Liga, o encontro terminou empatado. O ano passado, em jogo da Taça da Liga, foi o Feirense quem saiu vencedor.
Esta tendência terá, agora, mais dificuldades para se confirmar. O que não torna o jogo menos interessante de seguir, com a envolvente que o fará tornar-se importante para a nova definição da tabela.
