Cazaquistão – Itália (Europeu de Futsal 2016)
Segundo classificado do grupo C, o Cazaquistão prepara-se para medir forças com a Itália nos quartos-de-final do Europeu que decorre em Belgrado, na Sérvia. A equipa cazaque, estreante na prova, tem um desafio de elevada exigência pela frente. No jogo com a Rússia, candidata à vitória final, a nação que outrora fez parte da União Soviética deu bom sinal de si e demonstrou ter argumentos para ser uma das grandes surpresas da prova. Quer replicar a prestação diante da seleção italiana, equipa que rubricou um trajeto impecável na fase de grupos.
Com uma espinha dorsal pertencente ao campeão europeu Kayrat Almaty, o Cazaquistão rubricou uma boa prestação na fase de grupos. Deixou uma imagem positiva na estreia, frente à Rússia (derrota por 2-1) e superou a seleção croata (vitória por 4-2) no derradeiro desafio. A seleção italiana, campeã em título, é a próxima adversária do estreante Cazaquistão.
Durante a fase de grupos, foi recorrente ver o Cazaquistão recorrer à utilização do denominado “guarda-redes volante”, através de Higuita, atleta que possui um excelente jogo de pés e viabiliza o recurso a este tipo de estratégia. Ao invés de optar jogar desse modo na tentativa de inverter o resultado, o Cazaquistão privilegia a superioridade numérica como forma de gerir o resultado, algo que foi visível nomeadamente na partida com a Croácia.
É expectável que o Cazaquistão não consiga causar dificuldades de maior ordem através dessa estratégia, uma vez que a Itália é uma equipa extremamente sagaz a defender.
Cinco Provável: Higuita, Leo, Douglas Jr, Dovgan, Suleimenov
É incontestável: A Itália foi a melhor seleção durante a primeira fase deste europeu. Inserida no grupo D juntamente com Azerbaijão (3-0) e República Checa (7-0), a campeã em título entrou com a “corda toda”, empenhada em demonstrar que o objetivo passa por voltar a conquistar o ceptro. Os dois resultados conquistado são elucidativos quanto ao domínio total dos transalpinos em ambas as partidas. Além de ter marcado em 10 ocasiões nos dois jogos, não sofreu qualquer golo. Registo notável.
Para o desempenho defensivo impecável muito contribuíram as prestações de Stefano Mammarella, considerado um dos melhores guarda-redes à escala continental e decisivo nas campanhas recentes da sua seleção. Em momento defensivo, a Itália é uma equipa muito forte. Organizada, solidária, concentrada e sólida. Mesmo quando o adversário joga em superioridade numérica (5×4), é muito difícil causar estragos na defesa italiana. Do ponto de vista ofensivo também possui intérpretes da mais elevada craveira. Na goleada à República Checa, brilharam os “portugueses” Alessandro Patías (Benfica), Fortino e Merlim (Sporting).
Outra vantagem que a Itália poderá ter em relação ao Cazaquistão prende-se com a disponibilidade física dos seus atletas, uma vez que a qualidade do conjunto permite ao seleccionador proceder a uma gestão mais adequada do esforço de cada intérprete. Nesse aspecto, o relógio jogará a favor dos transalpinos.
Cinco Provável: Mammarella, Ercolessi, Gabriel Lima, Fortino, Alex Merlim
A avaliar por aquilo que esta equipa fez na fase de grupos, o Cazaquistão está munido de argumentos suficientes para causar problemas à equipa italiana. Não obstante, a campeã em título é totalmente favorita à passagem e chega “embalada” por duas vitórias que reforçam a confiança do grupo. Manter os níveis de concentração e agressividade a nível defensivo é essencial para levar a melhor sobre a equipa cazaque.