Brasil – Alemanha (Jogos Olímpicos)
O sorteio da fase de grupos do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos 2020 ditou um reencontro entre Brasil e Alemanha, nações finalistas da última edição, disputada há cinco anos, no Brasil. Os germânicos ambicionam “vingar” o desaire na decisão, ao passo que os brasileiros pretendem iniciar a defesa do título da melhor forma possível. As duas nações partilham o Grupo D com Arábia Saudita e Costa do Marfim.
Análise Brasil
Cinco anos depois de ter conquistado a primeira medalha de ouro num torneio de futebol, a seleção brasileira apresenta-se no Japão empenhada em defendê-la, objetivo que não se afigura fácil. O selecionador André Jardine conta com uma seleção um tanto ou quanto alternativa, provavelmente mais vulnerável que a de há cinco anos atrás, mas tal facto não mexe com a candidatura brasileira a chegar longe, surgindo aqui como um dos principais candidatos ao ouro a par das seleções de França e Espanha.
O “veterano” Dani Alves foi uma das surpresas na lista elaborada por Jardine que, além do lateral, convocou os também maiores de 24 Santos (Athlético) e Diego Carlos (Sevilha). No entanto, as principais referências nesta equipa têm mesmo idades inferiores a 24 anos, a saber: Richarlison, Bruno Guimarães, Douglas Luiz, Antony, Malcom e Matheus Cunha, jogadores que estão na Europa e surgem aqui como algumas das principais referências de uma equipa que conta com jovens como Gabriel Menino, Matheus Henrique ou Nino que ainda estão no país de origem e querem aproveitar esta oportunidade para apresentarem as suas qualidades aos olheiros europeus. Gabriel Martinelli, lesionado, é a grande ausência na lista brasileira para participar nestes Jogos Olímpicos de Tóquio.
Onze provável: Santos, Daniel Alves, Lucão, Diego Carlos, Fuchs, Douglas Luiz, Bruno Guimarães, Matheus Henrique, Reinier, Antony, Richarlison
Análise Alemanha
A Alemanha procura conquistar a primeira medalha de ouro na era pós-unificação, mas não está entre as principais candidatas a consegui-lo nesta edição. Embora parta num pedestal abaixo do trio Brasil – França – Espanha, a equipa alemã deve ser tida em conta e seria uma grande desilusão ver esta equipa falhar a fase a eliminar, dado que é teoricamente superior tanto à Arábia Saudita quanto à Costa do Marfim.
A “Mannschaft” chega a Tóqui sob alçada de um grande vencedor: Stefan Kuntz, treinador que neste verão já conquistou o Europeu sub-21, tendo levado a melhor diante de Portugal na decisão. Kuntz ergueu o troféu da categoria pela segunda vez na sua carreira (já o tinha feito em 2017), continua a dar provas da sua superior capacidade para trabalhar com jovens e não perdeu a oportunidade de levar alguns elementos que se sagraram recentemente campeões de sub-21, nomeadamente Piper, Schlotterback, Maier. Nadiem Amiri, campeão em 2017, também foi convocado. Já no que concerne aos elementos mais experientes chamados por Kuntz, destaque para Maximilian Arnold e Max Kruse, dois jogadores com muita Bundesliga “nas pernas” que com certeza serão uma mais valia para esta equipa em Tóquio.
Onze provável: Brodersen, Pieper, Henrichs, Torunarigha, Amiri, Arnold, Maier, Dorsh, Stach, Kruse, Richter
Dica de Prognóstico
Encontro equilibrado em perspetiva. Brasileiros e alemães apresentam-se nestes Jogos munidos de opções interessantes, talentosas e dispostas a aproveitarem a oportunidade para exibirem as suas qualidades. Apontamos à possibilidade de ambas as equipas chegarem ao golo.