Brasil – Alemanha (Jogos Olímpicos 2016)
A final entre Brasil e Alemanha tem todos os condimentos para assumir um papel de destaque na história das decisões do Torneio Olímpico de Futebol. O resultado do último embate entre as seleções principais de Brasil e Alemanha eleva a expectativa para este encontro, visto pelos brasileiros como uma possibilidade de “vingança” na luta pela medalha de ouro. Os alemães querem voltar a sorrir em solo brasileiro, provando a pujança juvenil do futebol germânico.
As duas primeiras jornadas da fase de grupos levantaram sérias duvidas quanto à capacidade desta seleção brasileira, mas os comandados de Rogério Micale conseguiram cumprir com o primeiro grande objetivo: Assegurar a qualificação para a final e, consequentemente, a conquista de uma medalha. A partir daqui, os brasileiros estão a 90 minutos (ou 120, quiçá) de cumprir o sonho de gerações e aumentar o palmarés do futebol brasileiro com um título inédito das seleções: A medalha de ouro do Torneio Olímpico de Futebol. A jogar em casa, o Brasil quis apostar tudo na conquista do Torneio Olímpico de Futebol, tal como é possível inferir a partir da convocatória. Neymar não marcou presença na edição centenária da Copa América para poder dar o seu contributo nos Jogos Olímpicos, tal é a obsessão dos brasileiros em alcançar o Ouro. A verdade é que nada está garantido e, em Londres (2012), a seleção brasileira também foi finalista.
É difícil exigir muito de uma equipa olímpica pelas próprias caraterísticas do ciclo de preparação. A seleção brasileira tem sido moldada à imagem de Rogério Micale, treinador que gosta de um futebol de apoios, organizado, mas difícil de instituir em contexto olímpico. Ao passo que a prova avança, a seleção brasileira depende cada vez menos de mecanismos individuais e tem melhorado do ponto de vista coletivo. Frente à seleção alemã, pede-se ao Brasil a mesma vivacidade e alegria no ataque, sempre que isso não prejudique o equilíbrio defensivo de uma equipa que ainda não sofreu golos na atual edição do Jogos Olímpicos.
Onze Provável: Wéverton, Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio, Douglas Santos, Walace, Renato Augusto, Luan, Gabriel Barbosa, Neymar, Gabriel Jesus
A Alemanha é capaz de criar calafrios a qualquer adepto brasileiro. Depois do histórico 1-7 nas meias-finais do Mundial 2014, é impossível não recuperar esse resultado na hora de encarar novo embate entre as duas seleções, independentemente do escalão em que medem forças. Depois de ter eliminado Portugal (0-4) nos quartos-de-final e a Nigéria (0-2) nas meias-finais, a seleção alemã chega à final e quer voltar a sorrir em solo brasileiro. O central Matthias Ginter é o único elemento da comitiva alemã que esteve no encontro relativo ao Mundial 2014. A seleção alemã é uma equipa muito madura, forte em todos os setores e munida de seleções de alto nível na frente de ataque. A experiência dos irmãos Bender tem ritmado a equipa no meio-campo.
A seleção alemã ostenta o melhor registo ofensivo da prova, muito por culpa da goleada (10-0) aplicada à frágil formação das Ilhas Fiji na última jornada da fase de grupos. Antes disso, também na primeira fase, tinha empatado a dois com o campeão olímpico México e a três com a Coreia do Sul, seleção que conquistou a medalha de bronze em Londres (2012).
Onze Provável: Timo Horn, Klostermann, Ginter, Sule, Toljan, Sven Bender, Max Meyer, Lars Bender, Julian Brandt, Sèrge Gnabry, Davie Selke
Brasil e Alemanha são duas seleções com argumentos distintos, mas perfeitamente capacitadas para conquistar a medalha de ouro. As casas de apostas atribuem favoritismo à seleção brasileira, mas estamos perante um jogo de tripla. Dado o poderio ofensivo que as duas equipas denotam, é expectável que ambas cheguem ao golo.
