Benoit Paire – Stan Wawrinka (ATP Masters Roma)
Stan Wawrinka não terá estreia fácil no Internacional BNL de Itália. O suíço, que defende os pontos de ter chegado à meia-final no ano passado, terá pela frente Benoit Paire que está a fazer uma boa temporada. O francês teve passagem expresso na primeira ronda, com Bernard Tomic a abandonar ao fim de oito minutos, devido a doença.
O número vinte e um do Ranking ATP não ficou dispensado da primeira do Masters de Roma mas é como se fosse. Ao fim de oito minutos da partida, que por sinal vencia por 2-1, Bernard Tomic deu por terminada a sua presença no court, dando assim passagem automática à segunda ronda a Benoit Paire. O australiano alegou estar-se a sentir muito mal, quase a desmaiar, em consequência de sintomas gripais que já tinha começado na noite anterior. Mas o certo é que ele já vinha com problemas num pulso, que supostamente levaram ao abandono também no Mutua Madrid Open. Sorte de Paire, que assim praticamente passou à etapa seguinte sem ter que suar. Sempre é um presente de aniversário diferente, já que o francês fez no domingo vinte e sete anos.
2016 está a ser um bom ano para Benoit Paire. Depois de fazer as meias-finais em Chennai e Marseille está a reproduzir o registo também na terra batida. Em Barcelona só foi parado na semifinal, frente a Kei Nishikori (6-3, 6-2), e no Millennium Estoril Open também resistiu até essa fase, altura em que Pablo Carreño Busta levou a melhor (6-3, 6-3). Em Monte Carlo chegou aos últimos dezasseis mas tem uma boa desculpa. Cruzou o caminho de Andy Murray (2-6, 7-5, 7-5) e deu muita luta ao número dois mundial. Em Madrid caiu à primeira, frente a Jack Sock (2-6, 6-2, 7-6).
O melhor resultado de Paire em Roma foi uma meia-final em 2013. No ano passado não chegou sequer ao quadro principal.
Stan Wawrinka arranca no Masters 1000 de Roma com a noção de que defende os pontos correspondentes à presença na semifinal do ano passado. A temporada de terra batida é particularmente importante para que o suíço mantenha o seu estatuto de número quatro mundial já que foi nela que na época transata venceu o seu segundo torneio do Grand Slam. Para já não tem nada para mostrar. Caiu nos quartos de final de Monte Carlo, às mãos de Rafa Badal (6-1, 6-4) e no Masters de Madrid foi eliminado por Nick Kyrgios no encontro inaugural, também em sets diretos (7-6, 7-6). Mas o paralelismo com 2015 mantém-se. No ano passado, até chegar a Roma, também tinha apenas dois títulos conquistados – desta feita repetiu o triunfo em Chennai e sagrou-se campeão no Dubai, frente a Borna Coric (6-3, 7-5) e Marcos Baghdatis (6-4, 7-6) – e tinha passado pelas duas primeiras provas de terra batida sem motivos de destaque.
É por isso que o suíço que diz confiante. Lembra que há um ano só conseguiu começar a encontrar o ritmo certo no Internacional BNL de Itália. Aí ganhou andamento e ficou a um jogo da final, cortesia do compatriota Roger Federer (6-4, 6-2). Mas esse embalo levou-o a uma prestação memorável em Roland Garros, roubando os holofotes e o título tão aguardado no Major Parisiense a Novak Djokovic. Veremos se a história se repete.
| 2016 | Marseille | Paire | 2 | 6 | 1 | 7 | QF |
| Wawrinka | 1 | 4 | 6 | 5 | |||
| 2016 | Chennai | Wawrinka | 2 | 6 | 6 | SF | |
| Paire | 0 | 3 | 4 | ||||
| 2015 | Tóquio | Wawrinka | 2 | 6 | 6 | F | |
| Paire | 0 | 2 | 4 | ||||
| 2015 | Marseille | Wawrinka | 2 | 6 | 6 | R16 | |
| Paire | 0 | 2 | 3 |
Só este ano Benoit Paire e Stan Wawrinka já se defrontaram duas vezes, ambas em pisos sintéticos. Em Chennai foi o suíço a seguir em frente; em Marseille foi o francês a levar a melhor, embora tenha precisado de três parciais.
