Benfica – Rangers (Liga Europa)
O sorteio dos “oitavos” da Liga Europa ditou um duplo compromisso entre Benfica e Rangers, emblemas que se defrontaram pela última vez em 2020/21, à época, na fase de grupos da competição. A primeira mão jogar-se-á na Luz, esta quinta-feira (7).
Análise Benfica
A hecatombe sofrida na visita ao Dragão aumenta a responsabilidade dos “encarnados” na antecâmara deste duelo com o Rangers. Roger Schmidt “caminha sobre brasas”, boa parte dos jogadores também não tem sido poupada pela crítica e o atual panorama faz com a importância deste encontro dispare.
Ainda que o Benfica não relativize a participação na Liga Europa – até mesmo pelo número de soluções no plantel – e a conquista do campeonato seja tida como prioritária, a realidade é que, depois da goleada sofrida no Dragão e a derrota em Alvalade, vencer o Rangers é quase que uma obrigatoriedade para a equipa poder “sacudir” a pressão. Roger Schmidt já demonstrou que é um treinador pouco dado a grandes mudanças naquele que é o seu “onze base” e aqui não deverá ser diferente, sendo que o Benfica voltará a entrar em campo no domingo (10), 72 horas após o duelo com os escoceses, para enfrentar o Estoril.
Até ver, na presente temporada, o Benfica perdeu apenas duas vezes na Luz, ambas em contexto europeu, frente a RB Salzburg (0-2) e Real Sociedad (0-1). As prestações recentes não dão azo para grande otimismo, mas os “encarnados” têm capacidade para produzir bem mais do que aquilo que se verificou na ida ao Dragão, ocasião em que a equipa esteve totalmente inoperante, e pretendem demonstrá-lo neste encontro.
Partir para a Escócia em vantagem é tido como fundamental para os “encarnados”.
Onze provável: Trubin, Aursnes, António Silva, Otamendi, Morato, Florentino, João Neves, Rafa, Di María, Neres, Arthur Cabral
Análise Rangers
Vencedor do Grupo C da Liga Europa partilhado com Sparta Praga, Bétis e Aris Limassol, o Rangers evitou a disputa do “play-off” de acesso a estes “oitavos” da competição. Para além do êxito no plano europeu, a temporada também tem corrido bastante bem aos “Protestantes” em termos domésticos, já que lideram a cinch Premiership com 70 pontos, dois a mais que o Celtic de Glasgow e um registo de 23 vitórias, um empate e cinco derrotas. No que ao saldo de golos respeita, o Rangers apresenta o segundo ataque mais concretizador com 64 golos marcados (média superior a dois golos por jogo) e a defesa menos batida com 16 tentos encaixados.
Pese embora a situação atual, nem tudo tem sido um “mar de rosas” para o Rangers na presente época, já que houve inclusive lugar a alteração no comando técnico logo no início de outubro. Michael Beale foi despedido após derrotas consecutivas frente a Aberdeen e Aris Limassol e, para o seu lugar, chegou Philippe Clément.
Desde que o técnico belga assumiu os destinos da equipa, o Rangers só perde duas vezes: saiu derrotado do “Old Firm” ante o rival Celtic e, no último compromisso antes da visita à Luz, perdeu no Ibrox com o Motherwell por duas bolas a uma. Apesar disso, o desaire não teve grandes consequências em termos práticos, já que o rival Celtic perdeu em Edimburgo com o Hearts. O desaire às mãos do Motherwell pôs fim a uma sequência de 11 jogos sem perder.
A grande referência do Rangers é “lateral goleador” James Tavernier, jogador que leva 19 golos e cinco assistências na temporada. Abdallah Saime e Cyriel Dessers são outros nomes a ter em conta no ataque dos escoceses.
McCausland, Sima, Danilo, Dowell, Matondo e Cortés são baixas confirmadas por lesão, ao passo que Todd Cantwell permanece em dúvida.
Onze provável: Butland, Tavernier, Goldson, Souttar, Barisic, Raskin, Lundstram, Diomande, Wright, Lawrence, Dessers
Dica de Prognóstico
Em teoria, o Benfica é favorito a vencer o encontro e a avançar, mas neste momento, as dúvidas são mais que as certezas em redor das “águias”. A equipa precisa de reagir e espera dar um “grito de revolta” frente a um Rangers que, isento de grandes responsabilidades, sabe que pode lutar pelo acesso à fase seguinte e virá a Lisboa apostado em ser fiel à sua matriz, procurando jogar o “jogo pelo jogo”, bem ao estilo britânico.
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