Bélgica – Itália (Euro 2016)
De regresso à fase final de um campeonato da Europa volvidos 16 anos, o sorteio colocou a seleção belga no “grupo da morte”, juntamente com Itália, República da Irlanda e Suécia. Ainda que longe dos seus tempos áureos, a “squadra azzurra” é uma forte candidata a garantir o acesso aos oitavos-de-final na “pole”, apesar da réplica que a Bélgica poderá dar nesse sentido. As duas principais forças do grupo E colidem esta segunda-feira, em Lyon.
A Bélgica encara a participação na fase final do campeonato da Europa com ambição. Depois de ter alcançado os quartos-de-final no Mundial 2014, a seleção belga quer chegar longe para continuar a cimentar o estatuto de “geração de ouro”. Desde então, a Bélgica disputou um total de 18 encontros e venceu em 13 ocasiões, terminando a fase de qualificação parao Euro 2016 na primeira posição do grupo B com 23 pontos conquistados em 10 encontros.
À entrada para este campeonato da Europa, a principal dor de cabeça para Marc Wilmots advém das ausências que se verificam no setor defensivo. A ausência do capitão Vincent Kompany suscita natural preocupação para o seleccionador belga, que deverá apostar nos “Spurs” Vertonghen e Alderweireld para atuarem no eixo da defesa. Do meio-campo para a frente, a estratégia está mais do que ensaiada e o número de soluções para o ataque é extenso e homogéneo em termos de qualidade, com o trio titular a ser presumivelmente composto por De Bruyne, Hazard e Lukaku. A missão de Wilmots passa, ao fim ao cabo, por colocar as peças no seu xadrez da melhor forma, de maneira a potenciar a qualidade que vigora. Invocando novamente dados relativos aos encontros que antecederam a participação neste campeonato da Europa, importa referir que a seleção belga fez pelo menos três golos em metade dos 18 jogos que disputou.
Onze Provável: Courtois, Aldrweireld, Denayer, Vertonghen, Lukaku, Witsel, Nainggolan, Fellaini, Hazard, De Bruyne, Lukaku
Com um estatuto respeitável em função do respetivo palmarés, a seleção italiana deve ser sempre tida em conta. Tal como à entrada para a última edição do campeonato da Europa, não existe grande expectativa para a prestação da equipa transalpina e o técnico Antonio Conte, que está de saída para o Chelsea, até se queixou publicamente da falta de jogadores jovens para proceder a uma renovação que se impõe. Repetir o vice-campeonato de Euro 2012 seria uma surpresa, até porque Itália perdeu uma grande referência deste então: Andrea Pirlo. O médio do New York City pôs fim à respetiva carreira na seleção nacional e deixou a equipa órfã do seu futebol cerebral, determinante no último campeonato da Europa. Para agudizar a situação, Marco Verratti, jogador que até poderia assumir as despesas em função das caraterísticas que possui, falha a participação no campeonato da Europa devido a lesão. No ataque, as opções às ordens de Conte levam os italianos a suspirar por Baggio, Del Piero ou Gilardino. Embora o quadro não seja animador à entrada para este campeonato da Europa, uma coisa é certa:A seleção italiana é uma forte candidata a garantir o acesso aos oitavos-de-final na primeira posição do grupo E. O calculismo continua a caraterizar a ação dos transalpinos, que parecem estar conformados com o estatuto de “underdog” no que diz respeito à corrida ao título para depois procurarem orquestrar uma surpresa.
Nos últimos dois jogos de preparação que realizou, a seleção italiana venceu a Escócia (1-0) e a Finlândia (2-0). Neste primeiro jogo do campeonato da Europa, os italianos vão ter uma missão bem mais díficil para suster o ataque dos belgas.
Onze Provável: Buffon, Chiellini, Bonucci, Barzagli, Candreva, Darmian, Motta, Rossi, Florenzi, Éder, Pellè
Bélgica e Itália defrontaram-se pela última vez em novembro de 2015, com vitória dos comandados de Marc Wilmots por três bolas a uma. Antevê-se uma partida equilibrada entre as duas seleções que, à partida, dispõem de melhores argumentos para garantir o acesso aos oitavos-de-final do Euro 2016 a partir do grupo E.
