BATE Borisov – Slavia-Mozyr (Taça da Bielorrússia)
Vencedor de 13 das últimas 14 edições do campeonato bielorrusso, o BATE Borisov não tem conseguido replicar o seu sucesso em contexto de Taça, troféu que venceu apenas por duas vezes, a última delas há dez anos atrás. Os homens de Borisov querem chegar à decisão, mas para isso precisam de anular a desvantagem de uma bola a zero que trazem de Mozyr.
O BATE Borisov instaurou uma hegemonia assombrosa em solo bielorrusso, dominando por completo até ao último ano, ocasião em que foi destronada pelo Dínamo Brest. Habituado a ser o emblema mais forte em termos de regularidade, o conjunto de Borisov não tem conseguido ser tão forte a eliminar, nomeadamente na Kubok 2020, Taça doméstica e segunda competição mais importante no panorama bielorrusso. Finalista pela última vez em 2018, ocasião em que perdeu a decisão diante do Dínamo Brest (2-3), o BATE precisa de anular a derrota por uma bola a zero averbada em Mozyr.
Para marcar presença nesta fase da competição, o BATE Borisov bateu o Torpedo Minsk (8-1) e o Dinamo Minsk (1-2, 2-3). O primeiro desaire na atual campanha na Kubok aconteceu na visita a Mozyr, há cerca de 20 dias atrás, por uma bola a zero. Na visita ao terreno do Slavia, o BATE viu a perder logo ao minuto 11 e pouco fez para justificar outro resultado, carecendo de mobilidade e criatividade no ataque e tendo sofrido várias ameaças sérias por parte do adversário na ponta final encontro, em transição. Após o encontro em causa, o BATE já entrou em cena mais três vezes e não voltou a perder: venceu o FK Minsk na capital (0-3), empatou sem golos na receção ao Torpedo e foi triunfar ao terreno do Gorodeja (0-2).
A equipa comandada por Kiryl Alsheuski ainda não convence totalmente, ou pelo menos não convence tendo em conta que estamos a falar da mais séria candidata ao título, mas as últimas prestações têm sido bem melhores que aquela que o BATE rubricou em Mozyr. O facto de não ter sofrido golos nos últimos três jogos oficiais é um dado que dá alguma margem para otimismo na antecâmara da decisão desta eliminatória.
Onze provável: Scherbitski, Bessmertny, Volkov, Filipenko, Nastic, Baga, Dragun, Yablonski, Stasevich, Nekhajchik, Soroko
Se o BATE Borisov não mais perdeu desde o percalço em Mozyr, com o Slavia passa-se o oposto: desde então que não vence, já lá vão três jogos. Ao sucesso na receção ao BATE seguiu-se um empate caseiro (0-0) com o recém-promovido Rukh Brest, ao passo que os últimos dois jogos culminaram com derrotas frente ao Isloch (2-1) e ao FK Minsk (1-3). O início de campanha do Slavia foi muito prometedor com a conquista de duas vitórias frente ao BATE e outra no duelo com o campeão em título Dinamo Brest, mas as últimas semanas têm feito com que os pupilos de Mikhail Martinovich “desçam à terra”. Os resultados recentes resultam de performances menos conseguidas e claro que as exibições negativas preocupam, mas a situação não deverá ter influência na equipa do ponto de vista psicológico: está em vantagem na eliminatória e está em jogo o acesso à final, factores mais que suficientes para que a moral das “tropas” de Mozyr esteja em alta.
O Slavia marcou golos em seis dos sete encontros oficiais que disputou até então, mas só manteve a sua baliza inviolável duas vezes, ambas em casa, nomeadamente frente ao frágil Rukh e ao BATE, na primeira mão desta eliminatória. Com cinco golos sofridos nos últimos dois jogos, o Slavia terá que ser bem mais consistente desse ponto de vista caso queira alcançar o acesso à decisão da Taça bielorrussa, sabendo de antemão que, em casa e em desvantagem na eliminatória, o BATE procurará assumir a iniciativa desde os primeiros instantes da partida.
Onze provável: Baranovskiy, Raevskiy, Tymonyuk, Potapov, Malkevich, Costrov, Kotlyarov, Narh, Zhuk, Senko, Vasilevich
O BATE joga em casa, é favorito a seguir em frente e vai assumir o jogo na tentativa de chegar ao golo e dar outro rumo à eliminatória. O Slavia esforçar-se-á por defender a vantagem que traz do primeiro jogo e, como tal, terá resistir com todas as forças, tentando a sua sorte em transição.