Basaksehir – Shakhtar Donetsk (Liga Europa)
Eliminado da Liga dos Campeões com enorme frustração, o Shakhtar Donetsk não encontra tarefa nada fácil para conseguir entrar, agora, na fase de grupos da Liga Europa. Paulo Fonseca não esperaria mesmo tamanhos desafios nesta fase inicial do seu trabalho na Ucrânia, onde os bons sinais que a equipa deixa em termos de evolução de jogo, dentro do relvado, aparecem contrariados nos resultados dos jogos mais importantes que teve que disputar. Esta quinta-feira, na Turquia, defronta uma equipa com experiência competitiva, apesar de ser quase uma novidade nestas andanças.
O projeto que hoje leva o nome de Basaksehir foi fundado em 1990, mas apenas em 2006-07 se estreou na divisão maior do futebol turco. Tendo sido reconhecido, nos primeiros tempos, como Istambul BB, lembramos as palavras de Carlos Carvalhal quando ali foi treinador, sublinhando as excelentes condições e a fiabilidade do projeto do clube ao qual, na altura, faltava uma maior implantação entre os adeptos, numa cidade em que existem históricos com muitos mais seguidores. A mudança para a nova casa, em 2014, terá ajudado a restabelecer uma ligação mais próxima com os adeptos, levando também ao crescimento do projeto em termos desportivos e à sua estreia europeia, na temporada passada, onde no entanto ficaram por uma pré-eliminatória da Liga Europa, perdida para o AZ Alkmaar. Neste segundo ano, a ambição cresceu. Ultrapassado o Rijeka da Croácia, um conjunto que conhece a realidade da fase de grupos desta competição, adivinha-se agora o maior desafio do curto historial europeu deste clube. Num plantel onde sobressaem alguns nomes reconhecidos, como o guarda-redes turco Volkan Babacan, o avançado albanês Sokol Cikalleshi ou o brasileiro Mário Mossoró, espera-se a capacidade de dar muita luta aos ucranianos.
Onze Provável: Volkan Babacan – Ucar, Epureanu, Ayhan, Albayrak – Tekdemir – Belozoglu, Holmen – Doka Madureira – Visca, Cikalleshi.
O Shakhtar Donetsk vai entrar em campo com o peso de uma saída precoce da Liga dos Campeões que provocou desânimo e, sobretudo, enorme frustração a todos no clube ucraniano. São as dores naturais da chegada de um novo técnico, com novas ideias, que tem mostrado ao longo dos jogos evolução na compreensão daquilo que é pedido aos atletas, percebendo-se melhor fio de jogo, maior intencionalidade na posse de bola, mas a quem ainda falta a capacidade para fechar encontros, sobretudo os mais exigentes, pelo que se compreende da derrota na Supertaça Ucraniana, ainda que tenha sido apenas nas grandes penalidades, mas sobretudo da derrota perante o Young Boys, da Suíça, sobretudo depois de terem vencido por 2-0 em casa, também confirmando a sua saída da Liga dos Campeões no desempate por penaltis. Neste jogo, onde é fundamental tirar um resultado positivo que dê alguma tranquilidade na viagem para a Ucrânia e no jogo da segunda mão, Paulo Fonseca voltará a testar-se a um nível elevado, reforçando a sua confiança nas ideias que traz consigo. Uma saída das provas europeias seria a pior notícia possível para um técnico que está a tentar firmar-se a nível internacional.
Onze Provável: Pyatov – Srna, Kucher, Rakitskiy, Ismaily – Fred, Stepanenko – Bernard, Marlos, Taison – Eduardo da Silva.
Este é o primeiro jogo oficial entre as duas equipas.
A vantagem teórica do Shakhtar Donetsk será discutida por uma equipa turca que aposta forte em conseguir entrar na fase de grupos já este ano.