Atlético Nacional – Kashima Antlers (Mundial de Clubes)
No calendário futebolístico, o mês de dezembro fica marcado pela realização do mundial de clubes, prova que reúne os campeões continentais no Japão. Os detentores dos troféus europeu e sul-americano entram em cena nas meias-finais, etapa mais aguardada da prova.
O gesto do Atlético Nacional para com a Chapecoense comoveu o mundo. Agora, o emblema colombiano que venceu a última edição da Libertadores chega ao Japão e é certo que uma vitória da equipa “cafetera” despoletaria reações positivas um pouco por todos os pontos do globo. Para além da solidariedade para com as gentes de Chapecó, o Atlético Nacional quer notabilizar-se por outro aspecto que deixou bem patente na sua campanha na principal prova de clubes da América do Sul disputada na primeira metade. A equipa de Cali foi a equipa que melhor futebol disputou na competição e venceu de forma incontestável.
A nível interno, a participação no Clausura 2016 terminou recentemente com uma derrota nas meias-finais frente ao Santa Fé. Em solo japonês, tudo mudará. A maior parte dos jogadores da equipa de Medellín nunca estiveram tão expostos aos grandes holofotes do futebol mundial e provavelmente poucas serão as oportunidades de chegar a uma decisão que muito provavelmente será disputada com o Real Madrid, emblema mais titulado no que diz respeito a troféus europeus. A equipa treinada por Reinaldo Rueda, um dos treinadores da moda na Colômbia, terá uma oportunidade de ouro para demonstrar o valor coletivo que a conduziu ao sucesso na América do Sul, ao passo que vários jogadores também aproveitarão para se evidenciarem do ponto de vista individual e procurarão o tão ambicionado salto para a Europa, seguindo o exemplo de Marlos Moreno – transferiu-se para o City.
Onze Provável: Franco Armani, Felipe Aguilar, Alexis Henríquez, Farid Díaz, Diego Arias, Macnelly Torres, Juan Pablo Nieto, Mateus Uribe, Orlando Berrío, Ezequiel Rescaldani, Andrés Ibarguen
O Kashima Antlers entra em cena com o estatuto de anfitrião da prova, sendo que garantiu esse direito ao vencer o Apertura da J. League 2016, prova que terminou recentemente. O Kashima teve que disputar um “play-off” com o Urawa Red Diamons (campeão do Clausura) para marcar presença na competição – apesar de ter perdido em casa (0-1), foi ao terreno do Urawa vencer por duas bolas a uma e garantiu o acesso à fase seguinte graças aos golos apontados fora de casa.
Para chegar a esta fase, a equipa japonesa teve que disputar dois encontros. No primeiro, de qualificação para a fase final da prova, venceu o Auckand City (campeão da OFC) por duas bolas a uma. Nos quartos-de-final, voltou a superiorizar-se aos sul-africanos do Sundown por dois golos sem resposta, num jogo em que foi amplamente superior durante a segunda parte depois de um primeiro tempo um tanto ou quanto apagado. Chegados a este ponto, não há legitimidade para pedir mais à única equipa em prova que não ganhou nenhum troféu continental. Ainda assim, os nipónicos têm deixado uma boa imagem do futebol japonês, um dos melhores na realidade asiática, por sinal.
Onze Provável: Hitoshi Sogahata, Gen Shoji, Hwang Seok-Ho, Shuto Yamamoto, Mu Kanazaki, Ryota Nagaki, Shoma Doi, Gaku Shibasaki, Daigo Nishi, Yasushi Endo, Mitsuo Ogasawara
O Atlético Nacional tem todas as condições para vencer este primeiro embate da história frente ao Kashima Antlers, mas o factor casa joga a favor de uma equipa japonesa que está muito motivada e quer causar estragos no embate com uma escala futebolística totalmente distinta.