Atlanta Hawks – Indiana Pacers (NBA Playoff- Jogo 4)
Este pode ser o playoff mais louco de sempre ou talvez o caminho que a temporada regular tomou para algumas equipas permitisse adivinhar algumas das coisas que se vão passando neste fim de época. Para os Indiana Pacers, os problemas que começaram a assolar o balneário não adivinhavam nada de bom. A equipa chega ao playoff quebrada, com uma das suas figuras principais, Roy Hibbert, a passar ao lado dos jogos e Frank Vogel a ter que lidar com boatos sobre a sua continuidade na equipa. Defrontar os Atlanta Hawks, uma equipa que não foi capaz de vencer nem metade dos seus jogos na fase regular, poderia ser uma oportunidade para reagrupar e retomar a linha das vitórias. No entanto, os Hawks entram sem nada a perder e jogam o seu melhor basquetebol do ano, com um toque de rebeldia de quem conquista o inesperado.
Os Hawks começaram a surpreender logo no jogo 1, vencendo em Indiana por 101-93 com Jeff Teague (28 pontos) em grande. No jogo 2, os Indiana Pacers tentaram repor a normalidade na eliminatória e venceram por 101-85. Paul George fez um duplo-duplo (27 pontos, 10 ressaltos) e Roy Hibbert começou a ter menos minutos em campo, tal a fragilidade da sua performance. Pensou-se, aí, que a eliminatória poderia seguir o seu caminho normal, mas a chegada a Atlanta não aliviou o ambiente para os Pacers.
Jogo 3 e Jeff Teague volta a estar em evidência, marcando 22 pontos, oferecendo 10 assistências e assinando um triplo que colocou os Hawks com nove pontos de vantagem numa fase decisiva da partida. O acerto do conjunto de Atlanta da linha de três pontos, com Kyle Korver a ajudar com 4 em 7 e Louis Williams a sair do banco para lançar 2 em 3, ajudou a marcar a diferença entre as duas equipas, mas em questão de atitude, não sobrarão dúvidas de que os Atlanta Hawks estão agora mais fortes do que os Indiana Pacers.
Aliás, a história recente da NBA aponta nesse sentido. Desde 2003, por quatro vezes na eliminatória entre equipa número 1 e equipa número 8 o resultado esteve com um 2 a 1 favorável ao mais fraco. Se em 2003, os Detroit Pistons conseguiram recuperar e eliminar os Orlando Magic, a mesma sorte não tiveram os Dallas Mavericks (2007), os San Antonio Spurs (2011) e os Chicago Bulls (2012) que acabaram por cair eliminados, respetivamente, por Golden State Warriors, Memphis Grizzlies e Philadelphia 76ers.
No encontro quarto, a grande questão será saber se Frank Vogel acabará por sentar Roy Hibbert no banco. Poderia ser simbólico, vê-lo nessa situação, ainda que no último encontro o poste já só tenha estado 19 minutos em campo, cabendo a Ian Mahinmi fazer par com David West no jogo interior na totalidade do último período. Outro dos problemas dos Indiana Pacers passará por conseguir que, do banco, surja um Evan Turner com capacidade anotadora, o que não tem conseguido. Fora isso, Paul George é o grande responsável por levantar a sua equipa, enquanto Lance Stephenson aparece como uma boa opção para ajudar a equipa, quer no ataque, quer na defesa.
Os Atlanta Hawks jogam sem pressão e, com Jeff Teague a manter-se em bom momento e os seus escudeiros lançadores inspirados, poderão manter-se como uma equipa perigosa. O seu jogo interior poderia ser uma fragilidade, mas os Indiana não têm sido capazes de explorar a ausência de um verdadeiro poste nos Hawks, com Paull Millsap e Pero Antic a chegar, e sobrar, para as encomendas, com Elton Brand a acabar por também dar a sua colaboração saído do banco.
Num jogo onde os Indiana Pacers, basicamente, jogam a sua vida, os Atlanta Hawks esperam encontrar caminho para continuar a vestir-se de surpresa neste playoff.
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