Atalanta – Nápoles (Taça de Itália)

Noite de decisão em Bergamo. O nulo verificado na primeira mão da eliminatória entre Nápoles e Atalanta, no San Paolo, remete toda a discussão do acesso à final da Taça de Itália para o Atleti D’Azurri, palco do segundo encontro.

Análise Atalanta

A Atalanta tem vivido grandes momentos e vitórias sob as ordens de Gian Piero Gasperini. O acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões corresponde, até ver, ao ponto mais alto da história da “La Dea” com Gasperini ao leme. Agora, a final da Taça de Itália está a 90 minutos de distância e a participação na prova é encarada como uma ótima oportunidade para coroar as boas épocas que a equipa tem rubricado com a conquista do segundo troféu mais importante do futebol italiano. Para já, o foco está neste segundo encontro da meia-final, frente ao Nápoles.

O encontro da primeira mão, no San Paolo, terminou com um nulo, algo invulgar no percurso de uma Atalanta ofensiva por definição. Depois das vitórias frente a Cagliari (3-1) e Lazio (3-2) nas eliminatórias anteriores, a Atalanta foi ao sul empatar sem golos, resultado que, não sendo negativo, não dá quaisquer garantias. Os homens de Bergamo estão cientes de que só a vitória interessa – um empate com golos serviria as pretensões dos napolitanos – , pelo que atuarão iguais a si mesmos: sem abdicar dos respetivos princípios, iguais a si mesmos, constantemente de olhos postos na baliza adversária. Para seguir em prova, a Atalanta precisará fazer melhor que nos últimos três encontros oficiais, dado que não venceu nenhuma vez nesta sequência e que o mais recente compromisso se traduziu num empate a três com o Torino que foi consentido de forma absolutamente dramática, dado que a Atalanta vencia por três bolas a zero aos 21 minutos de jogo e deixou-se mesmo empatar. Se não fizer melhor do ponto de vista defensivo que nesse mesmo duelo,  a equipa de Bergamo poderá ter uma noite para esquecer.

Onze provável: Gollini, Toloi, Palomino, Djimsiti, Ruggeri, De Roon, Freuler, Gosens, Pasalic, Ilicic, Zapata

Análise Nápoles

O Nápoles não conquistou o resultado que desejava na primeira mão, mas viaja até ao norte de Itália com uma certeza: a de que jogará com dois resultados a servir as suas pretensões, tendo em conta que um empate com golos permitirá o acesso à final. Os napolitanos venceram a última edição da Taça de Itália e, para chegarem aqui, levaram de vencidas as formações de Empli (3-2) e Spezia (4-2).

Independentemente de ter encontro em agenda com a Juventus menos de 72 horas após a visita a Bergamo, Gennaro Gattuso entrará no Atleti D’Azzuri com os habituais titulares, sem lugar para qualquer tipo de poupança. No fim-de-semana, a equipa foi perder a Genoa por duas bolas a uma, voltando a perder depois de três jogos. Tal e qual como acontecerá com a Atalanta, o Nápoles não se retrairá perante a Atalanta e procurará ser protagonista. Mesmo que alcance vantagem no desafio, situação que lhe permitirá ficar numa posição muito confortável, não estamos em crer que o Nápoles se retraia e se “encoste” a essa vantagem que, de resto, até mesmo tendo em conta a qualidade ofensiva do adversário.

Onze provável: Ospina, Di Lorenzo, Maksimovic, Rrahmani, Hysaj, Elmas, Bakayoko, Zielinski, Politano, Lozano, Insigne

Dica de Prognóstico

O primeiro encontro terminou com um surpreendente nulo tendo em conta aquilo a que Nápoles e Atalanta nos têm habituado. Tendo isso em consideração, bem como a necessidade de marcar para avançar, perspetivamos um encontro diferente, com golos de parte a parte.