Arsenal – Benfica (Liga Europa)
A segunda mão de uma eliminatória disputada em lugares incomuns joga-se no Pireu, em Atenas, “casa emprestada” dos londrinos do Arsenal para a receção ao Benfica. Após a igualdade em Roma, “Gunners” e “Águias” disputam o derradeiro duelo de acesso à próxima fase.
Análise Arsenal
A situação do Arsenal na Premier League é delicada e os “Gunners” precisam urgentemente de subir de produção para poderem estar nas provas europeias da próxima época, mas o técnico Mikel Arteta não descura a disputa da presente edição da Liga Europa nem subestima o Benfica. No encontro da primeira mão, o Arsenal foi a jogo com um onze maioritariamente composto por habituais titulares e, em vantagem mas sem quaisquer garantias, as escolhas deverão ser em tudo idênticas.
O encontro da primeira mão culminou com um empate a uma bola que acaba por se ajustar à realidade de um encontro dividido e com ambas as equipas rigorosas do ponto de vista tático. As melhores ocasiões para fazer golo pertenceram mesmo ao Arsenal que viu Pierre Aubameyang desperdiçar pelo menos duas situações flagrantes para marcar, gabonês que nessa noite se limitou a celebrar o tento apontado por Bukayo Saka. No compromisso do último fim-de-semana, o Arsenal recebeu e perdeu com o líder Manchester City por uma bola a zero (os “Citizens” marcaram logo nos primeiros instantes do encontro), os seus dianteiros voltaram a não estar particularmente inspirados e os adeptos dos “Gunners” esperam melhorias a esse nível em solo grego. Apesar da falta de eficácia exibida nos últimos dois desafios, o Arsenal conta com imenso talento para montar a sua linha mais avançada e colocará a defesa “encarnada” à prova com toda a certeza.
Holding é baixa confirmada, Partey permanece em duvida.
Onze provável: Leno, Cedric, David Luiz, Gabriel Magalhães, Tierney, Xhaka, Ceballos, Rowe, Pépé, Aubameyang, Lacazette
Análise Benfica
Na Luz, a realidade tem ficado claramente aquém das expectativas criadas no início da temporada e a eventualidade de uma eliminação europeia poderá fazer com que a contestação a Jorge Jesus e direção do clube continue a subir de tom. O momento não é o melhor, a equipa do Benfica entra em campo naturalmente pressionada na sequência de três empates consecutivos – com Moreirense (1-1) e Farense (0-0) mais “graves” que no anterior encontro com o Arsenal (1-1) – mas ambiciona responder para se manter na senda europeia. Os mais recentes sinais não são positivos e, diante do Farense, a equipa voltou a denotar dificuldades tanto em termos defensivos quanto ofensivos, exibindo excessiva permissividade sobretudo em transição e claudicando no momento de atirar à baliza contrária.
O reforço Lucas Veríssimo está de volta às opções de Jorge Jesus para este desafio e, ao que tudo indica, o Benfica repetirá o sistema utilizado na primeira mão, optando por jogar a partir de um 1x3x4x3 com Veríssimo, Otamendi e Vertonghen mais recuados, as alas entregues a Diogo Gonçalves e Grimaldo, Weigl e Pizzi no “miolo” e Taarabt mais próximo no apoio a Darwin e, provavelmente, Waldschmidt. De um ponto de vista global, o Benfica esteve bem no cômputo defensivo nesse desafio, nomeadamente no controlo da profundidade, mas precisará melhorar bastante em termos atacantes, dado que está obrigado a marcar para discutir o acesso. No primeiro encontro, os “encarnados” marcaram na conversão de uma grande penalidade conquista após um canto mas não foram muitas mais as vezes em que levaram perigo à baliza londrina.
Jardel e André Almeida falham o jogo, ambos devido a lesões.
Onze provável: Helton Leite, Lucas Veríssimo, Otamendi, Vertonghen, Diogo Gonçalves, Grimaldo, Weigl, Pizzi, Taarabt, Waldschmidt, Darwin
Dica de Prognóstico
As cotações favorecem o Arsenal, algo normal tendo em conta que os londrinos estão em vantagem na eliminatória (marcaram “fora”), a tendência verificado no primeiro encontro e, claro, a maior qualidade individual que a formação inglesa apresenta. Embora seja coerente reconhecer esse favoritismo, impera a ideia de que a eliminatória está em aberto, mesmo com o Benfica longe daquilo que se lhe exige.