Arizona Cardinals – San Francisco 49ers (NFL)

Com Seattle a passar por dificuldades os Arizona Cardinals tornaram-se o alvo a abater na NFC Oeste. Animada pelas boas prestações a equipa procura este domingo o terceiro triunfo seguido mas Bruce Arians deita água na fervura. Mesmo que assim seja ainda não significa nada, há muitos jogos pela frente. Os San Francisco 49ers de 2015-16 parecem ser a continuação do que eram, uma formação de altos e baixos.

Com Carson Palmer a cem por cento os Arizona Cardinals sabem que podem ambicionar a tudo. Mas dado o historial de lesões do quarterback Bruce Arians refreia o natural entusiasmo e passa a mensagem, muito explícita ao plantel. O registo de 2-0 não é nada, ainda, e mesmo que o estiquem para uma terceira vitória, continua a ser muito cedo para embandeirar em arco. O melhor é mesmo abordar semana a semana, esperando que os elementos essenciais se mantenham livres de lesões graves. Claro que o objetivo é chegar aos play-offs, e estando lá, ir ainda mais longe.

Com os Seahawks a passar pelas dificuldades que temos vistos nesta jornadas iniciais, os Cardinals, que encabeçam a NFC Oeste, tornaram-se o alvo a abater pelos adversários da divisão. Nesse sentido, os próximos dois jogos são particularmente importantes para Arizona. Esta semana recebem San Francisco e na seguinte é a vez de St. Louis. São dois concorrentes da mesma divisão, em Arizona, ficando depois só a faltar Seattle – com estes o primeiro embate acontece mais lá para a frente, em meados de novembro. Todos sabemos como os confrontos diretos são determinantes para definir a classificação final de um grupo como a NFC Oeste.

Nos dois primeiros jogos – New Orleans (31-19) e Chicago (48-23), fora – os Cardinals foram autoritários. Palmer fez exibições de elite e a melhor evidência disso foram os sete passes para touchdow, pelos quais partilha com Brady o topo da categoria. Está tudo a funcionar bem e encaixado na filosofia de jogo do treinador, que com todas as peças a postos pode aplicar o seu amplo arsenal de jogadas e estratégias, que fazem a força de Arizona.

Os San Francisco 49ers começaram em alta a temporada, com um vitória contundente na receção a Minnesota (20-3). Mas na segunda semana, em deslocação a Pittsburgh, foram francamente ultrapassados (43-18). Aparentemente, a equipa de Jim Tomsula mantém os altos e baixos da época passada. Embora talvez seja excessivo chamar de momento alto um triunfo, em casa, sobre os Vikings. Neste momento, Carlos Hyde e Colin Kaepernick são as forças dinamizadoras do ataque de San Francisco e o running back tem tudo para fazer uma temporada fantástica, conquanto se mantenha saudável. Hyde saiu do encontro de domingo passado com lesões na cabeça e na perna mas aparentemente foram ultrapassadas já que foi participante ativo nos treinos ao longo da semana. Ainda assim, e porque claramente se afirma como uma arma essencial, é natural que seja gerido o seu tempo em campo. A dor de cabeça, no momento, é mesmo a defesa, particularmente a secundária. Com os Vikings os 49ers só conseguiram uma interseção e com os Steelers não fizeram nenhuma. Mais preocupante ainda é a defesa ao jogo pelo ar. Palmer vai tentar alcançar diferentes receivers com passes em profundidade. E nesta liga, de certeza que os coordenadores das equipas adversárias, neste caso de Arizona, já estudaram frame a frame as fragilidades evidenciadas frente a Pittsburgh, nomeadamente a facilidade com que Antonio Brown encontrou espaços nas costas da defesa de San Francisco. Enquanto a equipa não mostrar que foi capaz de selar esse buraco vai ser o ponto a castigar.

Arizona Cardinals		San Francisco 49ers	3	24	D
Arizona Cardinals	@	San Francisco 49ers	13	27	D
Arizona Cardinals	@	San Francisco 49ers	20	32	D
Arizona Cardinals		San Francisco 49ers	20	23	D
Arizona Cardinals		San Francisco 49ers	23	14	V
Arizona Cardinals	@	San Francisco 49ers	17	20	D

Os Cardinals estão sem dúvida melhores que os 49ers mas isto das rivalidades de divisão alteram muito o peso dos argumentos e os números estão contra os da casa. Arizona só venceu um dos últimos seis confrontos, precisamente o jogo no estádio University of Phoenix da época passada.