Argentina – Venezuela (Copa América)
A selecção da Argentina e a selecção da Venezuela medem forças na madrugada deste Domingo no Gillette Stadium, em Massachusetts, num embate a contar para os quartos de final da Copa América. Os argentinos apresentam-se aqui invictos durante a fase de grupos, tendo conseguido a qualificação como líderes do Grupo D e apresentando-se confiantes com as boas campanhas realizadas. Já a Venezuela foi a grande surpresa ao conseguir a qualificação a estes quartos de final, sobrevivendo a um agrupamento onde faziam parte o poderoso Uruguai e México.
A Argentina chegou a estes quartos de final depois de conseguir a liderança do Grupo D, constituído pelo Chile, Panamá e Bolívia, somando 9 pontos, fruto de 3 vitórias e com parciais de 10 golos marcados e 1 golo sofrido. A Albiceleste foi, de longe, a melhor equipa da fase de grupos, derrotando o campeão em título Chile logo na 1ª jornada do agrupamento, e goleando o Panamá e a Bolívia nos encontros seguintes, apresentando assim uma média superior a 3 golos marcados e 0,3 golos sofridos por jogo. Presença mais que habitual nesta competição, os argentinos já venceram a prova por 14 vezes na sua história, sendo a 2ª selecção que mais títulos tem, contando com apenas 1 a menos que o Uruguai, que soma 15. Este conjunto aos comandos de Gerardo Martino tem, já desde o início do Milénio, vindo a demonstrar a sua enorme ambição em conquistar a prova, tendo participado disputado 3 finais desde então, em 2004, 2007 e em 2015, eliminados pelo Brasil nas duas primeiras vezes, e no ano passado pelo Chile. Importa ainda referir que nas eliminatórias da CONMEBOL, de acesso ao Mundial 2018, os argentinos ocupam o 3º lugar de qualificação com 11 pontos, apenas 2 a menos que o 1º e 2º classificados Uruguai e Equador.
O título da Copa América é bastante ambicionado pelo capitão Lionel Messi, e tendo em conta os adversários ainda em prova, Estados Unidos a enfrentar o Equador, Peru a enfrentar a Colombia e México a enfrentar o Chile, os argentinos têm aqui uma grande oportunidade de conquistar novamente a prova, sendo, teoricamente, a melhor equipa ainda prova. A qualidade do plantel argentino é invejável, contando com jogadores que alinham em alguns dos maiores clubes da Europa, e podendo ainda contar com a presença do actual melhor jogador do Mundo, Lionel Messi, a Albiceleste tem tudo para conseguir abalroar uma Venezuela que não detém, teoricamente, poder suficiente para os travar.
Nos seus últimos 5 jogos, sendo o primeiro para as eliminatórias de acesso ao Mundial e o segundo de cariz amigável, a Argentina apresenta um histórico de 5 vitórias. Esta sequência de resultados iniciou-se com uma vitória por 2-0 na recepção à Bolívia. Seguiu-se uma vitória por 1-0 na recepção às Honduras, uma vitória por 2-1 com o Chile, uma vitória por 5-0 contra o Panamá, e na última jornada, uma vitória por 3-0 contra a Bolívia. Di María está em dúvida para esta partida, com queixas nos adutores.
Onze Provável: Romero – Roncaglia, Otamendi, Rojo e Funes Mori – Mascherano e Fernández – Messi, Banega e Gaitán – Aguero.
A Venezuela, por sua vez, chegou a estes quartos de final depois de conseguir o 2º lugar do Grupo C, constituído pelo México, Uruguai e Jamaica, somando 7 pontos, fruto de 2 vitórias e 1 empate, com parciais de 3 golos marcados e 1 golo sofrido. Os venezuelanos foram a grande surpresa desta fase de grupos, tendo-se conseguido qualificar num agrupamento onde ainda faziam parte selecções como o México e o Uruguai, sem nunca ter sido derrotado e tendo empatado apenas contra o líder México, com quem ficou com os mesmos 7 pontos, mas não conseguiu a liderança devido à sua inferioridade entre golos marcados e golos sofridos. Já com algumas presenças na prova, apesar de nunca a ter vencido, La Vinotinto destacou-se principalmente na edição de 2011, onde alcançou as meias finais e acabou eliminada pelo Paraguai apenas através da marca de grande penalidade.
Contudo, a sua boa campanha nesta prova não se reflecte em nada nas eliminatórias da CONMEBOL de acesso ao Mundial 2018, onde ocupam o último lugar de uma tabela composta por 10 equipas, apenas os 5 primeiros se qualificam, tendo apenas 1 ponto somado e estando já a 9 do 4º e 5º lugar. É de louvar o esforço dos pupilos de Rafael Dudamel nesta Copa América, que através de muita dedicação e de uma defesa organizada, têm vindo a manter os adversários longe da sua baliza, chegando aqui com 1 golo marcado por jogo e tendo concedido apenas 1 golo contra o México. Contudo, estes irão atravessar uma verdadeira prova de fogo em tentar suster as investidas do poderoso ataque argentino, sendo de esperar que estes se fechem e defendam com todos os homens, tentando levar o jogo até ao prolongamento, de preferência até às grandes penalidades, visto que com a bola pelo chão será muito difícil chegar à baliza adversária.
Nos seus últimos 5 jogos, sendo os 2 primeiros de cariz amigável, a Venezuela apresenta um histórico 2 vitórias, 2 empates e 1 derrota. Esta sequência de resultados iniciou-se com uma derrota por 2-1 em terreno da Costa Rica. Seguiu-se um empate por 1-1 com a Guatemala, uma vitória por 0-1 contra a Jamaica, uma vitória por 0-1 contra o Uruguai, e na última jornada, um empate por 1-1 contra o México.
Onze Provável: Hernández – González, Velázquez, Ángel e Feltscher – Seijas, Rincon, Guerra e Peñaranda – Santos e Del Valle.
Nos seus últimos 8 confrontos directos, a Argentina venceu 7 embates, tendo a Venezuela vencido o restante.
Argentina
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3-0 |
Venezuela
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WC2014 CONMEBOL
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Venezuela
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1-0 |
Argentina
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WC2014 CONMEBOL
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Venezuela
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0-1 |
Argentina
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Amigáveis 2011
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Argentina
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4-1 |
Venezuela
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Amigáveis 2011
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Argentina
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4-0 |
Venezuela
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WC2010 CONMEBOL
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Venezuela
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0-2 |
Argentina
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WC2010 CONMEBOL
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Argentina
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3-2 |
Venezuela
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WC2006 CONMEBOL
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Venezuela
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0-3 |
Argentina
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WC2006 CONMEBOL
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Antevê-se um encontro onde a Venezuela se feche e defenda com todos os homens atrás da linha da bola, de modo a tentar afastar a Argentina da sua baliza e a tentar levar o jogo até às grandes penalidades, visto que com a bola pelo chão, não terão hipótese. Os argentinos contam com um plantel de luxo, e detêm as armas suficientes para conseguir desequilibrar a defensiva venezuelana e chegar ao golo. Prevê-se que os únicos golos da partida sejam apontados pela Argentina, que deve vencer por uma margem confortável.