Andy Murray – Feliciano López (Barcelona Open)
Sem pôr o pé em court, Andy Murray já está na terceira ronda do Barcelona Open Banc Sabadell, o que pode até prejudicar o escocês. Com o afastamento inesperado nos oitavos de Monte Carlo, o número um mundial ainda só fez dois encontros em terra batida e precisa de elevar o nível o quanto antes. Pela frente terá o veterano Feliciano López, que eliminou o compatriota Albert Montanés na ronda anterior.
Andy Murray tem duas semanas para entrar nos eixos e subir o nível do seu jogo em terra batida. É a margem que o separa dos dois Masters desta superfície que antecipam Roland Garros. Na estreia da temporada de pó de tijolo o número um mundial voltou a dar uma imagem pálida de si mesmo, o espelho do que tem sido o ano de 2017, no qual defende a liderança do ranking ATP. A situação no topo da hierarquia só não é mais problemática porque o número dois, Novak Djokovic, também está a ter uma espécie de ano sabático.
Depois de mais de um mês parado, desde Indian Wells, para debelar uma lesão no cotovelo, o tenista escocês reiniciou a competição em Monte Carlo, onde caiu nos oitavos de final, vítima de Albert Ramos Vinolas (2-6, 6-2, 7-5). Há cinco anos que Murray não marcava presença no torneio de Barcelona mas a falta de ritmo na terra batida obrigou a repensar o calendário. Em 2012 foi afastado por Milos Raonic nos quartos de final, o que continua a ser, até à data, a melhor prestação na Catalunha.
Como primeiro cabeça de série, Murray passou diretamente à segunda ronda mas nem foi necessário entrar em court para alcançar o patamar seguinte. O australiano Bernard Tomic abandonou por lesão e assim o líder mundial chegou à terceira eliminatória sem mexer um dedo. Ora, como o objetivo da participação era, sobretudo, fazer a adaptação à superfície e ganhar ritmo competitivo nela, a suposta vantagem pode ser um empecilho.
A melhor classificação de Feliciano López no Open de Barcelona foram os quartos de final em 2011 e 2012. Nas duas últimas edições caiu nos oitavos, às mãos de Pablo Andujar e Philipp Kohlschreiber, respetivamente. O espanhol ocupa a quadragésima posição do ranking.
Dos nove torneios em que participou em 2017, só por uma vez López chegou à terceira partida dentro do quadro principal. Foi em Houston, onde só foi afastados nos oitavos de final por Jack Sock (7-6, 1-6, 6-4). No Open da Austrália, Miami e Indian Wells caiu ao primeiro obstáculo que nestas situações foram Fabio Fognini (7-5, 6-3, 7-5), Dusan Lajovic (6-2, 4-6, 7-6) e Malek Jaziri (6-3, 4-6, 6-3).
Sem ter a sorte de Murray, o tenista espanhol já teve que se desembaraçar do compatriota Albert Montanés (6-2, 6-2) na segunda ronda. O encontro entre dois velhos conhecidos mal passou de uma hora, e López não chegou a enfrentar um único ponto de break.
2015 | Indian Wells | Murray | 2 | 6 | 6 | QF | |
Lopez | 0 | 3 | 4 | ||||
2015 | Abu Dhabi | Murray | 2 | 7 | 5 | 6 | QF |
Lopez | 1 | 6 | 7 | 4 |
Andy Murray venceu os onze confrontos anteriores que teve com Feliciano López, o mais recente dos quais em Indian Wells, há dois anos. O piso sintético domina claramente nesta contagem, com apenas dois embates a acontecerem em superfícies alternativas: na primeira ronda de Monte Carlo em 2008 e nos quartos de final de Wimbledon, em 2011.