Alexander Zverev – Dominic Thiem (ATP Roterdão)
Depois de conquistar em Montpellier o seu segundo título de carreira, o mais novo dos Zverevs arranca a campanha em Roterdão frente a um adversário do top-10. Dominic Thiem venceu três dos quatro confrontos interiores mas não conseguiu ser superior no único que disputaram fora da terra batida.
A semana passada foi mesmo especial para Alexander Zverev. O jovem alemão de dezanove anos conquistou o seu segundo título de carreira no circuito ATP em Montpellier. Bateu, em particamente hora e meia, Richard Gasquet (7-6, 6-3), com um grande serviço e muita consistência nas pancadas. Pode-se mesmo dizer que Zverev superou uma dupla de obstáculos gauleses, já que na meia-final teve que medir forças com Jo-Wilfried Tsonga (6-7, 6-2, 6-4). O primeiro troféu foi conquistado em setembro do ano passado, com uma participação surpreendente no torneio de S. Petersburgo. A surpresa não foi por ter vencido mas pelo nível dos adversários que teve de ultrapassar para lá chegar: Tomas Berdych (6-4, 6-4) e Stan Wawrinka (6-2, 3-6, 7-5), na meia-final e final, respetivamente.
Mas a semana passada foi especial porque Sascha, diminutivo por que é conhecido, acumulou o título individual com o de pares, ainda mais saboroso porque ganho lado a lado com o irmão mais velho, Mischa. Porque o mais velho dos Zverevs está a ter uma grande prestação esta temporada é muito provável que esta situação se possa voltar a repetir ao longo do ano, os dois irmãos Zverev a jogar juntos a grande nível.
Com estes resultados, Alexander subiu três posições e é agora o décimo oitavo tenista mais cotado do Ranking ATP. Em 2016, na sua segunda participação no ATP 500 de Roterdão, chegou até aos quartos de final, altura em que foi afastado pelo francês Gael Monfils (7-6, 6-3).
Aos vinte e três anos Dominic Thiem é o mais jovem tenista do top-10. O ano passado foi muito produtivo para o austríaco mas não pode abrandar o ritmo, sob risco de se ver empurrado para fora desse grupo altamente competitivo. Para já, soma dois quartos de final. Em Sidnei caiu às mãos do britânico Daniel Evans (3-6, 6-4, 6-1), depois de ter feito o mesmo ao português Gastão Elias (6-7, 6-3, 7-5). Em Brisbane o carrasco foi o búlgaro Grigor Dimitrov (6-3, 4-6, 6-3). No Open da Austrália, Thiem resistiu até aos oitavos de final, altura em que se confrontou com o belga David Goffin (5-7, 7-6, 6-2, 6-2). Na semana passada o austríaco, que era o primeiro cabeça de série do torneio, foi surpreendido na ronda inaugural do Open de Sofia por Nikoloz Basilashvili (6-4, 6-4). O georgiano ficou radiante com o que considerou a maior vitória da sua carreira. Mas ao mesmo tempo, o acontecimento suscitou dúvidas quanto ao momento de Thiem, que soma cinco vitórias e quatro derrotas.
Nas anteriores participações do ATP 500 de Roterdão, o número oito do ranking ficou-se pelos oitavos de final. No ano passado não esteve presente.
2016 | Pequim | Zverev | 2 | 4 | 6 | 6 | 1R | |
Thiem | 1 | 6 | 1 | 3 | ||||
2016 | Roland Garros | Thiem | 3 | 6 | 6 | 6 | 6 | 3R |
Zverev | 1 | 7 | 3 | 3 | 3 | |||
2016 | Nice | Thiem | 2 | 6 | 3 | 6 | F | |
Zverev | 1 | 4 | 6 | 0 | ||||
2016 | Munique | Thiem | 2 | 4 | 6 | 6 | SF | |
Zverev | 1 | 6 | 2 | 3 |
Esta será a quinta vez que Alexander Zverev e Dominic Thiem se defrontam, todos no ano transato. O austríaco venceu os três primeiros, todos em terra batida, e o alemão foi feliz no mais recente, jogado em piso rápido, superfície em que claramente está mais confortável. Em todos os embates o vencido conseguiu sempre um set a seu favor.