Alemanha – Chile (Taça das Confederações 2017)
As duas equipas favoritas no Grupo B poderão decidir, neste encontro, quem fica com o caminho livre para terminar em primeiro lugar e quem terá que ainda lutar para, ficando em segundo, atingir as meias-finais da Taça das Confederações. As vitórias alcançadas na jornada inaugural tiveram diferentes histórias, com o Chile, perante um adversário mais complicado, a conseguir uma vantagem de dois golos nos dez minutos finais, e a Alemanha, perante um adversário que se esperaria mais acessível (e que o foi durante boa parte do tempo), a denunciar as fragilidades que as opções de Joachim Low representam para a sua equipa nesta prova.
Pode dizer-se que a Alemanha fez uma aposta consciente na Taça das Confederações, ao decidir-se pelo descanso de alguns dos seus jogadores, não forçando ninguém que estivesse com algum problema físico, e denunciando duas ideias-chave. Por um lado, que esta prova não é de uma importância tal que se tenha que fazer de tudo para a vencer. Por outro, que mesmo com uma equipa de segundas escolhas, se poderia apresentar competitiva na Rússia. O primeiro jogo, no entanto, não poderá servir de evidência para este segundo ponto. Os alemães demonstraram vantagem sobre a equipa australiana, sabendo-lhe explorar as fragilidades, mas também se expuseram em demasia e acabaram por facilitar ao sofrer dois golos que deram esperanças aos jogadores do país dos cangurus. Para a partida frente ao Chile, aumentando o grau de dificuldade, aumentam também os perigos a que a selecção germânica fica exposta. Leno foi um dos jogadores que recebeu mais críticas pela má abordagem aos lances que originaram os golos australianos e, tendo em conta que há opções de igual ou superior valia no banco, poderá ser substituído.
Onze Provável: Ter Stegen – Kimmich, Mustafi, Rudiger – Brandt, Goretzka, Rudy, Draxler, Hector – Stindl, Wagner.
O Chile tentou abordar o primeiro jogo dentro de um quadro de limitações que deixaram Alexis Sanchez no banco, enquanto esperava recuperar de uma lesão. O jogador do Arsenal foi preciso, no entanto, dentro de campo, para dar energia a uma equipa chilena que se ia deixando enredar na teia defensiva dos Camarões. Com Alexis em campo, mudou de figura o ataque do Chile e os golos acabaram por acontecer, nos dez minutos finais, fechando assim as dúvidas sobre a capacidade dos chilenos para superarem um campeão africano que ficou vencido, mas não derrotado. Aliás, mantém-se abertas as portas da qualificação para os Camarões caso o Chile consiga vencer esta Alemanha. E na análise aos plantéis de ambas as selecções, há de facto uma experiência e um potencial que podem apontar a uma superioridade dos chilenos, assim estes consigam estar na máxima força. Prevendo-se que a Alemanha tenda a ser mais recatada na forma de procurar o ataque, exige-se também do Chile essa capacidade de entender o jogo e encontrar o espaço necessário para fazer a diferença.
Onze Provável: Herrera – Isla, Medel, Jara, Beausejour – Vidal, Marcelo Diaz, Aránguiz – Fuenzalida, Vargas, Alexis Sanchez.
As duas únicas vitórias do Chile em jogos perante a Alemanha aconteceram nos anos 60 do Século XXI. No entanto, desde então, sempre foram os germânicos a superiorizar-se, com o encontro para amigável em 2014 a saldar-se com uma vitória por 1-0.
Esta Alemanha, no entanto, não está ao seu mais alto nível e, por isso mesmo, poderá acabar exposta à realidade de ver o Chile levar a melhor na luta pelo primeiro lugar do Grupo B da Taça das Confederações.