Albert Ramos Vinolas – Fabio Fognini (ATP Rio de Janeiro)
Albert Ramos e Fabio Fognini lutam por um lugar nos quartos de final do Open do Rio de Janeiro. O italiano, que foi finalista do torneio há dois anos, venceu nove dos dez confrontos entre ambos. Mas o espanhol levou a melhor no último, em outubro passo. Os dois tiveram passagem fácil na primeira ronda e podem acalentar ambições de chegar longe, já que o ATP 500 está bastante em aberto. Mas um deles ficará já pelo caminho.
A metade superior do quadro do Open do Rio de Janeiro ficou escancarada quanto a previsões com o afastamento inesperado e precoce de Kei Nishikori e David Ferrer. Situação e que Josão Sousa não poderá tirar partido já que foi eliminado na primeira ronda. Mas na parte inferior Pablo Cuevas foi o único cabeça de série a cair. Até ver, Dominic Thiem mantem-se em prova mas tanto Albert Ramos como Fabio Fognini podem ambicionar chegar às derradeiras partidas do torneio. Infelizmente, o capricho do sorteio dita que um deles fique pelo caminho nos oitavos de final.
Albert Ramos Vinolas chegou até esta fase em 2014, derrotado por Sousa (6-1, 7-5), e na edição passada, na qual foi vítima de David Ferrer (4-6, 6-1, 6-4), as suas melhores prestações no ATP 500 do Rio. Será que é desta que o tenista espanhol, vigésimo quinto do ranking ATP, rompe a barreira psicológica e vai pelo menos um passo à frente? Será já o oitavo encontro da temporada em terra batida para Ramos e até ao momento só perdeu dois. Em Quito alcançou a meia-final, perdendo então para o italiano Paolo Lorenzi (6-1, 6-4), e no Open da Argentina foi travado por Carreño Busta (6-3, 4-6, 6-4) nos quartos de final. Na primeira ronda do ATP Rio de Janeiro teve pela frente o veterano gaulês Stephane Robert (6-2, 6-0) que não representou grande oposição para o espanhol.
Fabio Fognini foi finalista na edição de 2015 do ATP 500 do Rio de Janeiro, ano em que David Ferrer (6-2, 6-3) se sagrou campeão. Foi a sua melhor marca no torneio brasileiro. No ano passado ficou-se pelos oitavos, forçado a abandonar no segundo set devido a dores abdominais quando defrontava Daniel Gimeno Traver (4-6, 3-1).
Esta temporada o italiano jogou pouco – três vitórias e três derrotas – mas todos sabemos que o pó de tijolo é o seu ambiente natural, em que se sente mais confiante, e onde pode surpreender os adversários mais exigentes do circuito.
Curiosamente, com a exceção do presente, o Open da Austrália foi o único evento do ano em que Fognini conseguiu ir além da ronda inaugural. Venceu Feliciano López (7-5, 6-3, 7-5) antes de ser derrotado por Benoit Paire (7-5, 6-3, 7-5). Tanto em Sidnei como em Buenos Aires, caiu à primeira, às mãos de Philipp Kohlschreiber (6-4, 6-4) e Tommy Robredo (6-4, 6-3).
Fognini abriu as hostilidades no Rio de Janeiro frente espanhol e teve assim a oportunidade de vingar a eliminação no Open da Argentina. Precisou de uma hora e vinte minutos para levar Robredo (6-2, 6-4) ao tapete e marcar passagem aos oitavos de final. O início do primeiro parcial foi atribulado para ambos mas o tenista italiano, número quarenta e cinco do ranking, foi mais rápido a recuperar.
2016 | Viena | Ramos-Vinolas | 2 | 6 | 6 | 1R |
Fognini | 0 | 2 | 2 | |||
2016 | Moscovo | Fognini | 2 | 6 | 6 | QF |
Ramos-Vinolas | 0 | 2 | 2 | |||
2016 | Masters de Xangai | Fognini | 2 | 7 | 6 | 1R |
Ramos-Vinolas | 0 | 5 | 3 |
Albert Ramos e Fabio Fognini já se defrontaram dez vezes. O italiano venceu nove mas é de registar que o espanhol levou a melhor no embate mais recente, em outubro do ano passado, na primeira ronda do ATP de Viena.