Albert Montanés – Santiago Giraldo (ATP – Portugal Open)

Albert Montanés tem sido um habitué do agora Portugal Open e é o único campeão em prova este ano. O catalão, de trinta e três anos, venceu duas edições consecutivas do torneio. A primeira, em 2009, frente ao americano James Blake, com os parciais de 5-7, 7-6 e 6-0. A segunda, no ano seguinte, de muito má memória para o público português, às custas de Frederico Gil, na primeira vez que um tenista luso chegava à final do Jamor (6-2, 6-7, 7-5). Santiago Giraldo, que nunca foi além dos oitavos-de-final em Oeiras, chega motivado por ter chegado à final de Barcelona. Nos confrontos diretos, o colombiano leva clara vantagem. Será este o 5 a zero no marcador?

O veterano espanhol, n.º 59 mundial, mantém-se no top 100 há catorze anos seguidos e tem seis títulos de carreira no circuito de singulares, o último dos quais conquistado em 2013, em Nice. Em 2014 leva um registo de dez vitórias e nove derrotas, sendo que apenas quatro dessas partidas foram disputadas fora da terra batida, claramente o seu piso de eleição. Em Auckland, Melbourne (Open da Austrália) e Buenos Aires, Montanés não passou da primeira ronda. Nos torneios do Brasil, que se seguiram, ficou-se pelos oitavos-de-final no Rio e pelos quartos em São Paulo, derrotado por Nadal (6-1, 6-2) e Delbonis (6-4, 6-3), respetivamente. Em Miami, perdeu para Dimitrov, na segunda ronda, embora tenha obrigado o búlgaro a três sets. Para chegar ao quadro final de Monte Carlo, o espanhol teve que disputar duas partidas do qualifying, ultrapassando o brasileiro Thomaz Belluci (122) e o australiano Marinko Matosevic (68) em dois sets sem resposta. Na primeira ronda deu o troco ao francês Benoit Paire, que o tinha afastado do torneio de Casablanca quatro dias antes (7-5, 4-6, 6-2), antes de ser afastado, na ronda seguinte, por Novak Djokovic.
No Open Barcelona Sabadell, Montanés avançou até aos últimos dezasseis, tendo para isso de passar pelo modesto Marc Lopez (7-6, 6-2) e Aleksandr Dolgopolov (7-6, 6-3). Nos oitavos defrontou Ernests Gulbis e, infelizmente para o espanhol, o lituano, que é capaz do melhor e do pior, estava num dia bom.

Depois da final em Barcelona, Santiago Giraldo só teve mesmo tempo para fazer a mala e apanhar o avião para Lisboa. Ainda no domingo à tarde estava a defrontar Kei Nishikori e na terça-feira seguinte já é esperado no Centralito, no Jamor, para se haver com Montanés. O colombiano, que ainda não conquistou nenhum título em torneios ATP, chegou pela segunda vez à final de um evento, em Barcelona. Apesar da entrada em court, que surpreendeu o japonês, Giraldo não teve argumentos para contrariar as acelerações e agilidade de Nishikori, que viria a vencer o troféu Godó com dois parciais desequilibrados de 6-2. Giraldo contou com a ajuda de dois dos adversários, no percurso até ao encontro decisivo, já que tanto o italiano Fabio Fognini, décimo quinto do ranking, como o alemão Philipp Kohlschreiber, se retiraram a meio das partidas que disputaram com o colombiano, por razões físicas. Neste primeiro troço da temporada, conta com quinze vitórias e onze derrotas, duas semifinais – Vina del Mar e Houston – e a já referida final do Sabadell.

Albert Montanés e Santiago Giraldo cruzaram-se cinco vezes, duas em courts rápidos e três em terra batida. O saldo é favorável ao colombiano, com quatro vitórias e apenas um desaire. Curiosamente, os três primeiros confrontos aconteceram em 2011 – em Auckland, Acapulco e Kitzbuhel – tendo Giraldo vencido os dois primeiros (6-3, 4-6, 6-4/ 6-3, 6-4) e caído no quartos do torneio austríaco (6-1, 7-6). Os embates remanescentes aconteceram já este ano, a abrir a temporada. Em Janeiro e Fevereiro, em Auckland e Buenos Aires, Santiago Giraldo atravessou o caminho de Montanés, sempre com o mesmo resultado, 2 a 0, com os parciais de 6-1 e 7-3, na Nova Zelândia, e 7-6 e 6-2, na capital argentina.

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