Alavés – Sevilha (La Liga)
O Alavés, agora sob orientação de um “velho conhecido”, mede forças com o Sevilha de Julen Lopetegui na jornada 19 da La Liga 2020/21. As duas equipas defrontam-se depois de terem vivenciado experiência distintas na Copa do Rei.
Análise Alavés
Insatisfeita com o desempenho da equipa sob a égide de Pablo Machín, a direção do Alavés optou por abdicar dos serviços do treinador que tinha contratado no início da época. Poucas horas depois de formalizar o despedimento de Machín, o Alavés anunciou o regresso de Abelardo Fernández, treinador com passagem anterior pelo clube entre dezembro de 2017 e maio de 2019. Os responsáveis do clube entenderam que optar pelos serviços de alguém que “conhece os cantos à casa” seria a melhor opção neste momento e o objetivo é claro: assegurar a continuidade entre a elite. Por esta altura, o Alavés segue no 16º lugar da tabela classificativa com 18 pontos conquistados em outros tantos jogos e está dois acima do antepenúltimo Elche que, no entanto, tem menos dois jogos disputados. O anúncio relativo ao despedimento de Machín aconteceu logo após o desaire frente ao Cádiz por três bolas a uma, sendo que a equipa ficou aos cuidados de Javier Cabello, treinador que estava ao serviço da equipa B. No fim-de-semana, foi já sob orientação de Abelardo que o conjunto basco viajou até ao reduto do Almería em encontro da Copa do Rei, saindo vergado por cinco bolas a zero.
Abelardo teve uma péssima estreia e a equipa regressa à ação três dias depois de ter vivido um autêntico pesadelo às mãos de uma equipa do segundo escalão. Motivar o conjunto sob sua alçada para este desafio não será tarefa fácil, mas o técnico precisa fazê-lo urgentemente, até porque a situação classificativa não é favorável. O Alavés pontuou em apenas dois dos últimos seis encontros que disputou para a La Liga.
Ainda é uma altura precoce para falar na influência de Abelardo. O técnico privilegiará a aposta no 1x4x4x2 neste regresso ao clube e, para encarar o Sevilha, não poderá contar com o lesionado Rodrigo Ely nem com o suspenso Tachi.
Onze provável: Pacheco, Navarro, Laguardia, Lejeune, Duarte, Battaglia, Pina, Rioja, Jota, Deyverson, Joselu
Análise Sevilha
O Sevilha precisou de “horas extra” para avançar na Copa do Rei. Em noite de visita ao Wanda Metropolitano, casa “emprestada” do Leganés, um golo de Lucas Ocampos já no prolongamento acabou por fazer a diferença (0-1). A partida foi amplamente dominada pelo Sevilha (terminou com mais de 70 por cento de posse de bola), mas a formação da Andaluzia teve dificuldade em traduzir essa superioridade em golo, claudicando bastante no momento de alvejar a baliza adversária. O acesso à fase seguinte da segunda prova mais importante do calendário espanhol permitiu recuperar o desaire às mãos do Atlético (2-0) na última ronda da La Liga, encontro em que a equipa da Andaluzia até esteve a bom nível. De resto, nos últimos dez encontros oficiais, o Sevilha só perdeu com os “Colchoneros”, atuais líderes da pauta classificativa. Apesar de não ter marcado no embate com o Atléti e de também ter chegado ao fim dos 90 minutos do confronto com o Leganés sem golos marcados, note-se que em ambas as ocasiões se verificaram duas exceções à regra: nos outros oito jogos, o Sevilha marcou sempre.
Se vencer no Mendizorroza, o Sevilha ascenderá ao quarto lugar da tabela classificativa por troca direta com o Villarreal e ficará a apenas um ponto do terceiro colocado Barcelona.
Apesar de não ter orquestrado uma revolução na equipa no duelo com o Alavés, Julen Lopetegui abdicou de alguns habituais titulares como Koundé, Fernando, Suso ou Ocampos (entraram apenas nos últimos 10 minutos ou posteriormente) e a expectativa é a de que todos regressem às contas nesta partida.
Onze provável: Bounou, Navas, Koundé, Diego Carlos, Acuña, Fernando, Jordán, Rakitic, Suso, Ocampos, En-Nesyri
Dica de Prognóstico
A estreia de Abelardo não correu de feição e o Alavé terá agora pela frente uma das melhores equipas do futebol espanhol. O favoritismo pende para o lado dos andaluzes que, acreditamos, poderão regressar ao Sánchez Pizjuán com pelo menos um ponto na bagagem.