Na jornada de fecho da primeira volta da Liga NOS, as atuações de FC Porto, Sporting e Benfica ajudaram a demonstrar que as diferenças entre o topo da Liga NOS e as equipas que, em alguns casos, até seguem por perto, em termos classificativos, são gritantes. Os adversários dos três grandes ficaram, todos, aquém da possibilidade de dar luta durante os noventa minutos.
A liderança do FC Porto foi questionada durante 45 minutos, não pela forma de jogar do Vitória de Guimarães, mas pela incapacidade dos azuis e brancos ultrapassarem a ansiedade que já vinha do jogo de dificuldades em Santa Maria da Feira. Quando o foco da equipa do FC Porto não está no jogo, coloca em risco a sua capacidade para dominar os adversários. Com um erro de abordagem na defesa portista, Raphinha colocou o Vitória na frente, chegando ao intervalo a vencer. Mas a segunda parte foi sintomática quanto à forma como este FC Porto consegue ultrapassar adversários. Brahimi a carburar desatinos e a dupla de atacantes, Marega e Aboubakar, a impor-se na finalização, deu para acabar o jogo com goleada.
O Sporting também não começou de forma brilhante, frente a um Marítimo muito recuado no momento sem bola e sem expressão em termos ofensivos, complicando a sua vida por não conseguir explorar de forma conveniente o posicionamento que os seus extremos ofereciam no interior do bloco madeirense. Mas com o golo a chegar relativamente cedo, com Bas Dost a marcar o seu primeiro de três golos ao minuto 21, a partida foi encarada com a tranquilidade necessária. Com Bruno Fernandes em papel de destaque, o Sporting foi criando condições para alcançar a maior goleada da jornada (até ao momento).
O Benfica foi o único dos três primeiros a jogar fora, conseguindo uma vitória que nunca terá estado em causa, apesar de uma boa réplica do Moreirense durante cerca de 60 minutos. Os encarnados entraram com a bola em seu poder, como tem sido seu apanágio, mas os homens de Moreira de Cónegos conseguiram explorar algum espaço na transição ofensiva. Não espantou, no entanto, o primeiro golo do Benfica, com Pizzi a rematar para má abordagem de Jhonatan. A partir daqui, o Moreirense focou-se mais no momento defensivo, com menor capacidade para chegar à área do adversário, mas assegurando que se mantinha na disputa do resultado. Na segunda parte, os homens da casa acabaram por quebrar, com Jonas a ser o homem que marcou o segundo tento, o que acabou por fechar a contagem.
Já no sábado, estas diferenças entre topo e os restantes tinham ficado marcadas, ainda que de forma menos clara. O Sporting de Braga terá oportunidade, no início da segunda volta, de colar no terceiro lugar e consegue isso por ter vencido o Rio Ave por 2-1. Ricardo Horta abriu o marcador, mas viu João Novais empatar ainda antes do intervalo. Foi Fábio Martins a marcar já na reta final da partida, demarcando assim os primeiros quatro classificados de um quinto, o Rio Ave, que buscará manter-se na posição que poderá vir a dar entrada na Liga Europa.