João Sousa – Roger Federer (ATP Halle)
O pó de tijolo mal teve tempo de assenta e já tudo o universo do ténis se volta para a competição em relva, com Wimbledon como destino final. Roger Federer, que manteve a quarta posição do ranking ATP após Roland Garros, está em Halle, na Alemanha, para tentar conquistar a sua sexta coroa neste torneio que inaugura a temporada na superfície mais tradicional do ténis. Pela frente terá João Sousa, que caiu esta semana três lugares no ranking, para o número quarenta e sete. Federer, enquanto segundo cabeça de série só agora entre em jogo mas o português já teve que deixar para trás o alemão Struff.
Na próxima quinta-feira, na cidade alemã de Halle, o melhor tenista português de sempre vai defrontar um dos seus ídolos de juventude. O vimaranense de vinte e seis anos admitiu que desde pequeno admira Roger Federer, dentro e fora dos courts. E que sempre sonhou poder defrontá-lo e agora que o encontro está eminente, só jogando a partida perfeita o poderá levar de vencido. Será mais uma preciosa lição viva de ténis para o jovem português que este ano já se cruzou com Rafa Nadal, Novak Djokovic, Andy Murray e Tomas Berdych. João Sousa desceu, esta segunda-feira, três posições no Emirates ATP ranking, sendo agora o quadragésimo sétimo tenista mais cotado. A descida deveu-se ao facto de não ter sido capaz de defender os pontos ganhos em Roland Garros no ano passado. O sorteio ditou Djokovic como primeiro adversário do português no Major de Paris e, apesar dos elogios do sérvio, Sousa não foi capaz de resistir ao ténis superior do número dois mundial. Aliás, a sua prestação em terra batida ficou um pouco aquém das expetativas, sendo que a derrota em Roland Garros foi a sétima consecutiva, todas sofridas no encontro de abertura das respetivas provas. Em Monte Carlo perdeu com Fabio Fognini (5-7, 7-5, 6-4), em Barcelona com Marinko Matosevic ( 6-3, 6-2), e com Leonardo Mayer, no Portugal Open (3-6, 6-1, 6-2). Seguiram-se Madrid, Roma, Dusseldorf e Paris, onde caiu às mãos de Marin Cilic (6-1, 6-1), Mikhail Kukushkin (6-3, 6-7, 6-3), Jurgen Melzer (7-6, 4-6, 6-4) e o já mencionado Nole (6-1, 6-2, 6-4).
O primeiro adversário que teve de enfrentar no Gerry Weber Open 2014 foi Jan-Lennard Struff, sexagésimo quarto do circuito. Com uma exibição de gala, o português conseguiu superar o germânico em dois sets a zero (6-4, 6-2), em apenas sessenta e nove minutos. Sousa somou assim a décima vitória da época (dezoito derrotas).
Roger Federer saiu seis vezes campeão de Halle, entre as oito finais que disputou no torneio alemão. Além disso, conta no palmarés com sete troféus no mítico torneio britânico. Sendo por muitos considerado como o melhor tenista de todos os tempos, seria de esperar que o suíço já não tivesse mais nada a provar. Mas Federer quer continuar a fazê-lo e isso mesmo disse na chegada ao Gerry Weber. Não vem para umas curtas férias mas para competir e preparar Wimbledon. E porque no primeiro treino em Halle não sentiu que estivesse ao melhor nível pediu o adiamento a que tem direito, ficando assim com mais um dia para fazer a transição entre a terra batida e a relva. O último título do suíço neste primeiro de cinco torneios que antecedem Wimbledon foi precisamente em 2013, derrotando na final o russo Mikhail Youzhny. Federer regista, esta temporada, trinta e uma vitórias e sete desaires.
João Sousa e Roger Federer nunca se defrontaram em competições oficiais. Vamos poder assistir a uma estreia absoluta.
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