Jo-Wilfried Tsonga – Ivo Karlovic (Wimbledon)
Ao bater Albert Ramos em sets diretos, Tsonga marcou encontro com o gigante Ivo Karlovic. Já o croata teve que passar por uma maratona, frente a Dolgopolov, para garantir a passagem. A última vez que se defrontaram foi, precisamente, na relva de Wimbledon, e o resultado foi frustrante para o tenista mais cotado. Quem vencer este duelo terá pela frente Seppi ou Murray.
A estreia de Jo-Wilfried Tsonga no All England Tennis Club não foi pera doce. O francês teve que dar o litro nas quase quatro horas que durou o encontro com Gilles Muller (7-6, 6-7, 6-4, 3-6, 6-2). O que não de espantar. Afinal, o luxemburguês é um adversário competente nesta superfície. E para Tsonga esta era a primeira partida em relva da temporada, já que optou por ficar fora da competição depois da meia-final de Roland Garros, supostamente devido a dores na zona abdominal. Se há coisa que ficou provada nessa longa exibição inaugural é que o francês está fisicamente a cem por cento. A segunda ronda, frente ao espanhol Alberto Ramos foi significativamente mais leve (6-3, 6-4, 6-4).
Jo-Wilfried Tsonga tem estado muito bem desde que regressou da operação ao ombro, que lhe retardou o início da temporada. O ponto alto foi sem dúvida o percurso feito no Major do seu país natal, onde chegou à semifinal, ultrapassando Tomas Berdych (6-3, 6-2, 6-7, 6-3) e Kei Nishikori (6-3, 6-7, 7-6, 6-4) antes de ser travado por Stan Wawarinka (6-3, 6-7, 7-6, 6-4). Mas, como ficou evidente nessa final, o suíço estava insuperável em Paris.
Ivo Karlovic não é só o tenista mais alto de sempre do circuito mundial de ténis. O simpático gigante é também um exemplo de superação e perseverança, de alguém que teve que ultrapassar lesões duras – próprias de alguém com a sua constituição – e até alguma desconsideração por ser visto como um tipo muito grande que tem nos mísseis que lança a única arma. Cada um joga com o que tem e não é nada fácil para um homem com dois metros e onze e cento e quatro quilos ter a mobilidade exigida para jogar ténis ao mais alto nível, profissionalmente há quinze anos. Este ano “Dr. Ivo”, como é apelidado pelos adeptos, conquistou o seu sexto título de carreira em Delray Beach, diante de Donald Young, poucos dias antes de cumprir o trigésimo sexto aniversário. Terminou a época passada no número vinte e sete do ranking ATP, sendo o jogador mais velho dentro do top-50. Neste momento está dois degraus acima e continua a bater recordes, nomeadamente quanto ao número de ases numa partida. Foi o que ele fez em Halle, há duas semanas, no encontro dos quartos de final em que afastou Berdych: foram quarenta e cinco, uma marca impressionante num encontro à melhor de três. Graças a essa arma de destruição massiva que, segundo o próprio, o ajuda a evitar os vóleis, foi ainda mais longe e só Roger Federer o travou, na semifinal da prova alemã (7-6, 7-6).
Na primeira ronda de Wimbledon teve pela frente o sueco Elias Ymer (6-7, 6-2, 6-4, 7-6). A segunda foi uma verdadeira maratona que esteve quase a ser interrompida pela falata de luz no recinto. Como se esperava Aleksandr Dolgopolov foi um osso duro de roer. Mesmo com cinquenta e três ases não se livrou de três horas e meia em court, tendo encerrado a partida com quatro projéteis indefensáveis seguidos (5-7, 6-3, 6-4, 6-7, 13-11).
Agora volta a encontrar-se com Tsonga. Apesar dos muitos anos de ambos no circuito só se defrontaram duas vezes, ambas em relva, a primeira das quais num Challenger. Uma vitória para cada lado, sendo que o francês sofreu a derrota mais amarga, em 2009, na terceira ronda de Wimbledon.
2009 | Wimbledon | Karlovic | 3 | 7 | 6 | 7 | 7 | 3R | ||
Tsonga | 1 | 6 | 7 | 5 | 6 | |||||
2007 | Challenger de Surbiton | Tsonga | 2 | 6 | 7 | F | ||||
Karlovic | 0 | 3 | 6 |
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