Jo-Wilfried Tsonga – Gilles Muller (Wimbledon)
Tsonga, que optou por se manter fora de competição desde a semifinal de Roland Garros, vai estrear-se em relva no All England Tennis Club frente a Muller. É o que se chama mergulhar de cabeça. Já o luxemburguês aproveitou a eliminação cedo em Paris para fazer a transição para a nova superfície em contexto competitivo. Claro que o francês é um bom jogador em relva e Muller nem tanto. Veremos como as distintas estratégias os prepararam para este Grand Slam.
Jo-Wilfried Tsonga começou tarde mas não demorou a ganhar andamento. Depois da operação ao ombro o francês regressou evidenciando um quadro mental muito positivo. Mesmo que a estreia em Miami se tenha provado um tanto precoce, Tsonga soube retirar de forma estratégica e não deixou que isso o abalasse na temporada de terra batida. Sempre em crescendo, desde os iniciais oitavos em Monte Carlo à meia-final do Major do seu país. Aliás, a prestação em Roland Garros foi a todos os títulos memorável. Da terceira ronda para cima foram partidas duríssimas, tanto física como mentalmente, e o número doze do mundo só não levou a melhor frente ao que viria a ser o campeão do torneio, Stan Wawrinka, que jogou a um nível estratosférico.
É, portanto, natural, que o francês esteja confiante e motivado por aquilo que alcançou no início do mês. E que dada a sua temporada curta tenha optado por não forçar demasiado. Mas, claro, o primeiro encontro numa superfície distinta é sempre um desafio de adaptação, e Tsonga vai fazê-lo na estreia em Wimbledon. Veremos se a estratégia foi a mais acertada ou se essa falta de competição o vai fragilizar.
Jo-Wilfried Tsonga foi por duas vezes finalista do Major Britânico. Em 2011 tropeçou em Novak Djokovic e no ano seguinte em Andy Murray. O seu registo de vitórias e derrotas em relva também abona a seu favor. Foram cinquenta e oito para apenas dezoito, o que faz dele um tenista bastante competente nesta superfície que não é para todos.
Gilles Muller não facilitou. Ao ser afastado cedo de Roland Garros – na segunda ronda, às mãos de Novak Djokovic (6-1, 6-4, 6-4) – planeou as semanas seguintes de modo a praticar ao máximo em relva. E parece ter compensado. Foi semifinalista em Hertogenbosch, batido então por David Goffin (7-6, 6-4). Em Queen’s foi barrado nos quartos de final pelo homem da casa, Andy Murray (3-6, 7-6, 6-4), depois de se ter desembaraçado de Mikhail Youzhny (6-7, 6-4, 7-6) e Grigor Dimitrov (6-4, 7-6).
O luxemburguês de trinta e dois anos nunca foi além da terceira ronda em Wimbledon, tendo já ficado pela primeira eliminatória em três anos.
Apesar da diferença de estatuto – um é décimo segundo e o outro quadragésimo quarto – a série de confrontos é liderada pelo jogador menos cotado. Ainda assim, convém ter em conta que a última vitória de Muller data já de 2007.
2014 | Metz | Tsonga | 2 | 7 | 6 | R16 | ||||
Muller | 0 | 6 | 4 | |||||||
2007 | Challenger de Besancon | Muller | 2 | 6 | 7 | QF | ||||
Tsonga | 0 | 4 | 5 | |||||||
2005 | Challenger de Córdoba | Muller | 1 | 7 | 1R | |||||
Tsonga | 0 | 6 |
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