Hoje vamos olhar para o que estão a produzir estatisticamente os rookies, tentando começar, desde já, a extrapolar o que poderemos esperar de alguns destes jogadores. Por outro lado, olhamos para o fundo da tabela da NBA e percebemos se existem surpresas entre as equipas mais fracas da NBA. É a segunda edição das “Tendências NBA”, esta semana, dominada pelo espírito do perguntador.

Quem comprou bilhete para Rookie do Ano?

Jahlil Okafor

Jahlil Okafor é uma pequena luz a brilhar em Philadelphia

Comecemos por aquilo que temos por garantido. As primeiras impressões contam, e de que maneira, para o futuro imediato dos rookies. Os jogadores que cumprem o seu primeiro ano na NBA sofrem de inconsistências que só a experiência tende a minorar. Quanto pior for a tua equipa, melhor te tenderás a sair nesta lotaria que é o primeiro ano. Assumidas estas, quase, verdades universais, não espanta que ao fim de oito jogos, Jahlil Okafor, dos Philadelphia 76ers, seja o líder estatístico dos rookies. É ele o jogador que está a ter uma média superior de minutos em campo, sendo também, sem grande espaço para dúvidas, o rookie que estará na pior equipa. Uma média de pontos superior a 20 por jogo e um aproveitamento de lançamento acima dos 50% confirmam os melhores dados. A percentagem de lançamentos livres a 59% e a especificidade da sua equipa ter perdido todos os encontros disputados demonstram que ainda há muito por onde melhorar.

A escolha número um do Draft 2015, no entanto, não fica atrás, nem nas estatísticas, nem na relevância. Karl-Anthony Towns tem conseguido afastar as dúvidas que pudessem existir sobre a sua influência no jogo dos Minnesota Timberwolves, que podem ter tido a sorte de ter a primeira escolha este ano, mas que se evidenciam por serem uma equipa com total noção daquilo que estão a construir para o futuro. Towns evidencia-se debaixo das tabelas, com 10.1 ressaltos por jogo, estando ainda a melhorar a resposta nas segundas bolas.

Mais boas notas para Kristaps Porzingis, que em New York vai combatendo ferozmente todos os preconceitos que um letão, magricela e muito alto poderiam ter alimentado na Liga, ou para Emmanuel Mudiay, que talvez não seja o produto acabado que alguns esperavam, mas cujo o sabor pelo risco e a maturidade são traços que podem muito bem levar à sua evolução enquanto jogador de NBA. Os principais bilhetes para Rookie do Ano estão nas mãos destes quatro jogadores e caber-lhes-á aproveitá-lo, ou não.

Como se está aí em baixo?

Já se falou aqui dos Philadelphia 76ers e, de facto, nenhuma vitória ao fim de oito jogos será dos melhores exemplos de que ter o potencial não conduz, necessariamente, às tomadas de decisão mais brilhantes. Apesar de Okafor, a equipa demora a encontrar algum sentido nas escolhas que vai fazendo, sendo também de notar que, apesar de vir beneficiando, continuamente, de poder escolher jogadores de top no Draft, 48% da sua produção vem de jogadores que nunca foram escolhidos num Draft. Sintomático?

Anthony Davis

“New Orleans, we have a problem”…

Com os LA Lakers e os Brooklyn Nets a sentirem naturais e expectáveis dificuldades neste início de temporada, a surpresa pela negativa nos “confins” das Conferências, são os New Orleans Pelicans. A queda de produção de Jrue Holiday e os problemas físicos de todas as opções para o jogo interior (Asik, Perkins, Ajinca) deixam demasiadas vezes nas mãos de Anthony Davis todas as decisões das partidas. Serviu para vencer os Miami Heat, mas não tem servido para vencer nenhum outro jogo. Será que se começam a ouvir os sinais de alarme numa equipa que parece não ter, de facto, forma de usar um dos melhores projetos de jogador da Liga para atingir uma prestação brilhante?

Alguém haverá de encontrar respostas.