Ivo Karlovic – Stanislas Wawrinka (ATP de Basileia)
Stanislas Wawrinka estreia-se frente a Ivo Karlovic, esperando um desfecho diferente dos das três últimas participações no ATP de Basileia. O suíço reconhece que sente uma pressão diferente por jogar em casa, que o tem impedido de jogar o seu melhor ténis. Como este ano a presença nas Finais de Londres já está garantida pode ser que Stan se sinta mais solto. O gigante croata vai tentar aproveitar alguma instabilidade emocional para ganhar pontos frente a um adversário do top-5. Aos trinta e sete anos Ivo Karlovic, vigésimo terceiro do Ranking, está a ter uma temporada muito consistente. Por várias vezes ao longo de 2015 muitos foram obrigados a reconhecer que o tenista croata tem grandes capacidades para além do evidente saque inerente a um atleta de dois metros e oito.
A verdade é que dado o seu jogo, o gigante croata tem uma prestação muito regular. Há dias em que o serviço entra melhor ou menos bem mas é sempre um desafio exigente para qualquer adversário. O que significa que o normal nele é que as partidas se estiquem, com o marcador a avançar taco a taco. Chegar a um tie break com Karlovic é uma perspetiva que intimida: aí a vantagem está do seu lado.
Os pontos altos da época foram o título em Delray Beach, em fevereiro, onde derrotou Donald Young (6-3, 6-3), e a semifinal de Halle, onde foi batido por Roger Federer (7-6, 7-6). Em Wimbledon atingiu os oitavos de final. Afastou Jo-Wilfried Tsonga na ronda anterior, antes de ser eliminado por Andy Murray (7-6, 6-4, 5-7, 6-4).
Na semana passada o croata esteve no Torneio de Viena, onde resistiu até aos quartos de final, tendo então encontrado pela frente um Ernests Gulbis em grande momento de forma (7-6, 7-6).
Stanislas Wawrinka já fez atempadamente a sua reserva para as Finais do World Tour, em Londres. O desafio agora é gerir este intervalo temporal. A temporada já vai longa – o número quatro mundial leva cinquenta e uma vitórias e dezasseis derrotas nas pernas – e é preciso aliviar a carga. Mas esse descanso necessário tem que ser bem medido para não haver demasiada descompressão e perda de ritmo competitivo. Estas podem ser as condições ideais para Stan voltar a brilhar na prova que acontece em casa. O suíço vive em Basileia e já por várias vezes reconheceu que sente uma pressão especial pela proximidade, um peso que o tem impedido de se exibir ao melhor nível nos últimos anos. Desde 2011, ano em que foi semifinalista, que Wawrinka não passa da primeira ronda. Pode ser desta que quebra o enguiço.
Em 2015, um ano em que as questões pessoais afetaram a sua performance em court, o número dois suíço somou quatro títulos à sua conta pessoal, entre eles o seu segundo de uma prova do Grand Slam. Venceu Chennai (Bedene 6-3, 6-4) e bateu Tomas Berdych em Roterdão (4-6, 6-3, 6-4), antes de atingir o seu grande momento, talvez mesmo o maior da sua carreira. Em Roland Garros, e depois de Djokovic ter afastado o Rei da terra batida, Wawrinka bateu o número um mundial (4-6, 6-4, 6-3, 6-4), fazendo história. Na segunda semana de outubro sagrou-se também campeão no Open do Japão, ao bater na final Benoit Paire (6-2, 6-4).
2015 | Cincinnati | Wawrinka | 2 | 6 | 7 | 7 | R16 | |||
Karlovic | 1 | 7 | 6 | 6 | ||||||
2014 | Indian Wells | Wawrinka | 2 | 6 | 7 | 2R | ||||
Karlovic | 0 | 3 | 5 | |||||||
2013 | US Open | Wawrinka | 3 | 7 | 7 | 6 | 2R | |||
Karlovic | 0 | 5 | 6 | 4 | ||||||
2007 | Nottingham | Karlovic | 2 | 6 | 7 | 1R | ||||
Wawrinka | 0 | 3 | 6 | |||||||
2006 | Wimbledon | Wawrinka | 3 | 7 | 3 | 6 | 6 | 11 | 1R | |
Karlovic | 2 | 6 | 6 | 2 | 7 | 9 | ||||
2006 | Barcelona | Wawrinka | 2 | 4 | 6 | 6 | QF | |||
Karlovic | 1 | 6 | 3 | 4 |
Wawrinka venceu cinco dos seis confrontos com Karlovic, o mais recente dos quais nos quartos de final do Masters de Cincinnati, em agosto.