Itália – Inglaterra (Euro 2020)
Será já neste próximo domingo que a grande final do Campeonato da Europa 2020 se realizará, no relvado do Wembley Stadium, em Londres, entre as seleções nacionais de Itália e Inglaterra. A “Squadra Azzurra” sabe que terá uma tarefa suplementarmente difícil para se sagrar campeã da Europa, até porque jogará num estádio repleto de adeptos britânicos. Ainda assim, a turma de Roberto Mancini promete vir a ser um osso muito duro de roer para a formação liderada pelo selecionador Gareth Southgate, que chega a esta final com uma grande ilusão de voltar a celebrar uma grande conquista internacional, algo que lhe escapa desde 1966.
Análise Itália
A seleção de Itália confirmou com superioridade todas as expectativas que recaiam sobre si por ocasião do arranque desta edição do Campeonato Europeu de futebol e chega a esta final com motivos suficientes para acreditar que pode vir a suceder a Portugal na condição de nova campeã do Velho Continente. No Grupo A do Euro 2020, a equipa de Roberto Mancini terminou como 1.ª classificada, com registo de nove pontos, fruto de três vitórias (contra Turquia, Suíça e País de Gales), onde marcou um total de sete golos e não permitiu qualquer golo a estes adversários.
Nas fases a eliminar, a Seleção Italiana começou a sentir mais dificuldades para se impor de forma tão evidente como nas primeiras partidas do Europeu, mas não deixou de deixar bons sinais, sobretudo ao nível da organização coletiva, quer em termos defensivos, como ofensivos. Nos oitavos de final, a Itália precisou de prolongamento para afastar a Áustria (2-1), tendo eliminado no tempo regulamentar a Bélgica (2-1), nos quartos de final. Na última ronda, das “meias”, os italianos tiveram o teste mais duro até esta altura, tendo empatado com a Espanha (1-1) no tempo regulamentar e prolongamento e mostrado maior frieza na finalização, na marca das grandes penalidades, após os 120 minutos que terminaram com empate.
Onze provável: Donnarumma – Lorenzo, Bonucci, Chiellini, Emerson – Verratti, Jorginho, Barella – Chiesa, Immobile, Insigne
Análise Inglaterra
A seleção de Inglaterra chegou a esta fase final com expectativas elevadas, até porque será uma das equipas que mais vezes jogaria em casa própria, bem como numa fase em que o selecionador Gareth Southgate possui imenso talento e qualidade individual entre as suas opções de selecionáveis. No Grupo D, a equipa dos “Três Leões” nem deslumbrou, mas mostrou-se a mais eficaz, acabando como líder da tabela classificativa, com sete pontos (vitórias contra Croácia e República Checa e um empate com a Escócia). Nos três encontros, os ingleses marcaram apenas dois golos, mas não sofreram nenhum.
Apesar de não ter demonstrado um futebol muito envolvente e dinâmico em termos de qualidade ofensiva, a Seleção Inglesa destacou-se desde cedo pela sua capacidade defensiva e pelo elevado pragmatismo que Southgate conferiu ao futebol da equipa. Nos “oitavos”, essa postura permitiu à Inglaterra levar a melhor diante da complicada Alemanha (2-0). Seguiu-se a Ucrânia, nos quartos de final, onde a Inglaterra venceu sem problemas e com o melhor resultado (4-0) neste Europeu até ao momento. Na meia final realizada na última quarta-feira, os ingleses foram ligeiramente superiores, mas necessitaram de tempo-extra para eliminar a Dinamarca (2-1), após empate (1-1) no fim dos 90 minutos.
Onze provável: Pickford – Walker, Stones, Maguire, Shaw – Phillips, Rice – Saka, Mount, Sterling – Kane
Dica de Prognóstico
Este é um jogo em que os ingredientes da emoção e da intensidade na disputa por cada bola deverão ser mais do que atrativos, ainda que não se preveja uma final disputada com uma dinâmica ofensiva elevada de parte a parte. Itália e Inglaterra têm mostrado uma consistência defensiva de grande nível na sua caminhada até esta final de Wembley e não deverão querer assumir grandes riscos, até pela qualidade que ambas as equipas possuem a explorar o ataque à profundidade e a transição ofensiva com espaço. Assim, perspetiva-se um encontro muito disputado a meio-campo e sem um grande número de oportunidades claras de golo, com os sistemas defensivos a poderem superiorizar-se aos ataques contrários. O melhor investimento será, neste sentido, no mercado de Menos de 2,5 golos, cotado a 1.47 na Betano.