Iraque – Coreia do Sul (Mundial Sub-20)
Encontro mais improvável dos quartos-de-final deste Mundial que garante, desde já, a presença de uma seleção asiática entre as quatro melhores do mundo. O Iraque tem feito uma carreira sem mácula, vencendo o Grupo E com sete pontos, seis golos marcados e quatro sofridos, eliminando, posteriormente, o Paraguai por 1-0, após prolongamento. Já a Coreia do Sul passou como um dos melhores terceiros classificados, no Grupo B, com quatro pontos, quatro golos marcados e outros tantos sofridos, conseguindo depois o feito de eliminar a favorita Colômbia, empatando a uma bola e ganhando bilhete para este jogo na marcação de grandes penalidades. Apesar de serem da mesma Confederação, os dois conjuntos apresentam estilos de jogo diferentes, com o Iraque a assumir a herança do futebol árabe, mais rendilhado e impondo-se fisicamente, sobretudo no meio-campo, enquanto os coreanos têm um futebol mais direto, explorando a velocidade e com uma organização defensiva extrema, sendo essa quem lhe terá valido a chegada a tão avançada fase da competição.
No Iraque, o principal destaque é um dos jogadores mais jovens da equipa, Human Tareq, que apenas com 17 anos já é internacional AA e vai organizando o jogo dos árabes, dando-lhe consistência e criatividade, apesar da frágil constituição física. Outro jogador de estampa física algo frágil mas com bastante talento é Saif Salman, também ele já internacional AA, completando um meio-campo compacto e com uma atitude guerreira. Um dos jogadores que tem sido mais incisivo na frente de ataque, Abdulraheem, viu o segundo amarelo e não poderá dar o seu contributo à equipa nesta partida dos quartos-de-final, mas o técnico Hakeem Shakir tem opções à altura, com Farhan Shukor, autor do golo da vitória frente ao Paraguai, a ter mais do que razões para reivindicar uma posição no onze titular. A nível defensivo, o técnico Shakir terá todas as suas principais opções disponíveis, com Hameed, na baliza, a funcionar como última barreira para a perigosa equipa coreana.
A Coreia do Sul alcançou uma das grandes surpresas dos oitavos-de-final, ao ultrapassar a Colômbia. A ver-se a vencer, os coreanos permitiram o golo do empate em cima do minuto 90, mas quando se esperava alguma desmobilização, esta equipa aguentou-se estoicamente na defesa do resultado, criou perigo no prolongamento e saiu como vencedor merecido de um confronto muito complicado. Agora, frente ao Iraque, a missão será conseguir desfeitear um dos seus grandes rivais do último ano. As duas equipas encontraram-se na fase de grupos da Taça Asiática de Sub-19, empatando a zero, repetindo o encontro na final dessa competição, com a Coreia do Sul a vencer nas grandes penalidades. Repetir esse feito não será tarefa fácil, já que o conjunto iraquiano parece mais maduro em termos ofensivos, mas a organização dos sul-coreanos poderá ser valorizada. O seu guarda-redes, Lee Chang-Geun, merece uma nota de destaque, pela qualidade e serenidade que impõe à sua linha de defesas, onde Song Joo-Hoon, Kim Young-Hwan e Shim Sang-Min têm lugar cativo. Acredito que dependerá deles a prestação dos coreanos e a sua possível presença na final.
Já aqui o disse, o Iraque parece mais confiante, mas a Coreia do Sul conseguiu defrontar, sem perder, equipas como a Colômbia e Portugal. Caso os sul-coreanos entreguem a bola ao Iraque, terão espaço para jogar o seu jogo preferido, o das transições rápidas. Resta saber se os iraquianos terão a maturidade para não se sacrificarem com um jogo demasiado ofensivo; perceber o adversário será essencial para que os árabes alcancem uma posição nas meias-finais.
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