Este domingo, o Manchester City perdeu a invencibilidade na Liga Inglesa. À décima terceira jornada a equipa de Guardiola foi derrotada pelo Liverpool, num jogo frenético e emocionante. Para o conjunto treinado por Jurgen Klopp foi uma tremenda afirmação de força, após a conclusão da novela Coutinho. Para o líder, ainda, destacado da Premier League isto não deve passar de um deslize para sacudir qualquer complacência.
Exibição memorável para esquecer Coutinho
À décima terceira jornada o Manchester City perde a invencibilidade na Premier League. E o momento foi abrilhantado por um dos melhores jogos que teremos oportunidade de assistir esta temporada. Jogado a um ritmo frenético, taco-a-taco, praticamente sem tempos mortos e marcaram-se sete golos.
Para a equipa da casa este era um momento delicado. Depois da conclusão, com o desfecho há muito anunciado, da novela Philippe Coutinho, o Liverpool queria dar mostras da sua capacidade para competir com os melhores dos melhores. E no fim da partida de domingo poucos terão lamentado a saída do brasileiro para Barcelona. Para Jurgen Klopp era fundamental que a equipa acreditasse em si mesma e não se deixasse esvaziar pelo abandono do ex-companheiro. A estratégia inicial, de pressão alta agressiva, importunando a saída de bola de que este City tanto depende, surtiu efeito. Pode parecer simples mas uma coisa é conseguir pressionar os jogadores de Guardiola, outra bem diferente é tirar-lhes a bola e outra ainda mais exigente é fazê-lo em condições de criar de imediato perigo no contra-ataque. O Liverpool está equipado para fazer tudo isso. Claro que o golo de Oxlade-Chamberlain, ainda não estavam cumpridos dez minutos de encontro, foi uma mão na roda. Validou a estratégia e colocou os Reds na posição em que estão mais confortáveis, jogar no contra.
Resultado prático imediato, o Liverpool ascende ao terceiro lugar, por troca com o Chelsea – que empatou a zeros em casa com o Leicester – e estão ambos com os mesmo quarenta e sete pontos que o United, que só joga esta segunda-feira.
Já não há invencíveis
Acabou-se a narrativa dos Invencíveis mas não é por isso que o Manchester City deixou de ser justa e unanimemente considerada a melhor equipa inglesa da atualidade e uma das melhores da Europa. É verdade que a formação de Pep Guardiola cometeu alguns erros, pouco habituais, que resultaram em golo mas esses erros foram forçados e não se pode retirar nenhum mérito aos Reds nisso. E também afirmo que se Raheem Sterling, que esteve num dia não – talvez pelo coro de assobios que vinha das bancadas cada vez que tocava na bola – tivesse dado lugar mais cedo a Bernardo Silva o desfecho podia ter sido diferente. A entrada do português mexeu com o jogo, obrigou o Liverpool a realinhar as marcações. Mas, em última análise, os Cityzens não fizeram um mau encontro, muito longe disso.
Acredito que esta derrota vai ser matéria de reflexão para a equipa técnica e para o plantel. Mas no final a equipa sairá reforçada porque vai ser obrigada a reagir e melhorar. Na melhor das hipóteses, O Manchester United fica a doze pontos no final da jornada – se for capaz de bater o Stoke City, coisa que Mourinho ainda não fez desde que chegou a Old Trafford – e isso diz muito da margem que o City tem para absorver deslizes no campeonato.
Boas Apostas!