Inglaterra Sub19 – Itália Sub19 (Europeu Sub-19)
Na meia-final do Europeu Sub-19, a Inglaterra terá como principal missão tentar manter a excelente imagem dada na fase de grupos, tentando repetir as vitórias que conseguiu em todas as três partidas para avançar até à final. Já a equipa italiana, num grupo que demonstrou ser muito mais equilibrado, acabou por ficar com a fava do segundo lugar, vendo-se assim obrigada a superar um adversário que parece estar em onda de confiança.
A Inglaterra baseia o seu sucesso ofensivo em dois jogadores do Chelsea que passaram a última temporada emprestados ao Vitesse. O ponta-de-lança Dominic Solanke parece ser quem mais encanta no mundo do futebol, sendo encarado com enorme expetativa sobre aquilo que poderá vir a valer, enquanto Izzy Brown demonstra qualidades próximas, mas mais a partir das faixas. Para além dos dois golos marcados por cada um destes jogadores, os ingleses também beneficiaram de dois autogolos, o que pode ser visto como sorte de campeão, enquanto no outro limite do campo, com golos sofridos em todas as partidas, ficou um aviso sobre uma fragilidade que a equipa terá que saber ultrapassar nos jogos a eliminar. Em resumo, a Inglaterra conseguiu vencer sempre pelo mesmo resultado, 2-1, todos os encontros da fase de grupos. Primeiro contra a França, depois perante a Holanda e, finalmente, frente à Croácia.
Onze Provável: Woodman – Kenny, Moore, Tomori, Connolly – Rossiter, Maitland-Niles – Sheyi Ojo, Onomah, Brown – Solanke.
A Itália conseguiu o seu apuramento num grupo de maior equilíbrio e com mais dificuldades, acabando na derradeira jornada por não conseguir bater Portugal. O empate a uma bola valeu-lhe o segundo lugar, depois de ter entrado a ganhar frente à Alemanha, no primeiro encontro, e de ter empatado também por um golo com a Áustria. Em termos globais, a Itália terá um ataque menos talentoso do que os ingleses, também não podendo gabar-se de uma defesa que ignora o erro, pelo que até podemos esperar um encontro com a emoção da mudança do resultado. Ainda assim, pelo demonstrado na fase de grupos, a capacidade que cada um dos conjuntos demonstra sobre o ritmo da partida poderá levar a que seja um jogo mais parado do que a outra meia-final, onde França e Portugal parecem partilhar algum sangue efervescente. Tendo conseguido dois dos seus três golos através da marcação de grandes penalidades por Dimarco, estará bem sublinhado aquilo que se pode esperar de uma Itália tranquila e manipuladora.
Onze Provável: Meret – Vitturini, Romagna, Coppolaro, Dimarco – Ghiglione, Pontisso, Locatelli, Picchi – Minelli, Panico.
As duas equipas reencontram-se na meia-final, depois de terem estado no mesmo grupo de qualificação em outubro passado. Também em 2008 se haviam encontrado num Europeu, empatando a zero golos na fase de grupos.
O favoritismo penderá para o lado dos ingleses devido à sua frente de ataque mais capaz e criativa. No entanto, em jogos a eliminar, a consciência tática dos italianos poderá ter algum peso e levar o jogo para uma decisão num pequeno pormenor.
