Maior vitória de sempre da Inglaterra em Mundiais. Seis golos, com um hat trick de Harry Kane e bis de Stones. Grande partida com a Bélgica em perspetiva: as duas estão igualadas em pontos e golos marcados e sofridos. Outro momento histórico, o primeiro golo do Panamá em fase finais, e a festa nas bancadas que se seguiu. Lindo!
Southgate aposta em Loftus-Cheek
A Inglaterra vai atrás do segundo triunfo, que garante a passagem aos oitavos. O primeiro objetivo é esse, o segundo tem a ver com os golos, os marcados e os sofridos. A Bélgica goleou a Tunísia e os dois primeiros lugares do Grupo G podem-se decidir por este critério.
A exibição inaugural teve duas partes distintas e a seleção inglesa precisa de ganhar confiança. Gareth Southgate faz uma alteração importante no onze. Dele Alli fica no banco e entra Loftus-Cheek. O Panamá mantém o onze que defrontou a Bélgica.
Resistência dura pouco
À partida havia a interrogação: quanto tempo é que o Panamá seria capaz de frustrar as iniciativas inglesas? Os belgas precisaram de alguma paciência mas desta vez a resistência foi muito menor. Ao segundo minuto de jogo Gabriel Gómez atinge Jesse Lingard com o cotovelo, ficam os dois por terra e o jogador inglês precisa de assistência. Isto acontece na área panamiana, mas o árbitro segue como se nada tivesse acontecido. Não é sério porque antes dos dez minutos já a Inglaterra abriu o marcador. John Stones aproveita a falha de marcação para se estrear a marcar no Campeonato do Mundo. A formação da CONCACAF até está a jogar solto e com a Inglaterra não está propriamente a ser testada nas recuperações defensivas, que podiam ser o calcanhar de Aquiles. Aos dezanove, Lingard é derrubado na área, sem margem para dúvidas, e Harry Kane faz o primeiro da sua conta.
Lingard em destaque
A Inglaterra percebe que o encontro está a correr de feição. O Panamá está a proporcionar uma espécie de treino em contexto competitivo, dando espaço para que a seleção inglesa explane o melhor que tem para oferecer. Circulação de bola, movimentações, penetrações constantes. Jesse Lingard está a ser o inglês mais acutilante no último terço do terreno e é do homem do Man United o 3-0, uma remate potente e colocado à entrada da área. Ele já merecia pelo muito que ter trabalhado.
Aos quarenta, num lance de bola parada estudado, Stones bisa de cabeça e faz o quarto para Inglaterra. Penedo ainda defende o golpe de Sterling mas já não resiste à recarga.
Antes da saída para intervalo os ingleses chegam à mão cheia de golos. Grande penalidade convertida por Kane. No mesmo lance houve duas faltas passíveis de penalti: uma sobre Stones e outra sobre o avançado dos Spurs.
Os jogadores do Panamá estão a acusar a humilhação e cresce a agressividade nas disputas de bola.
Baixa o ritmo
O segundo tempo está diferente. O Panamá tem indicações para baixar o bloco e reforçar a estrutura defensiva. Por esta altura o fundamental é estancar a sangria. A Inglaterra tem a oportunidade de treinar a posse de bola e o jogo de paciência, sem se desconcentrar defensivamente. Já ninguém quer correr muito nesta fase.
Aos sessenta e dois a Inglaterra chega à meia dúzia, com Harry Kane a fazer um hat trick. Com cinco golos neste Mundial ultrapassa Cristiano Ronaldo e Lukaku na lista de melhores marcadores da prova. Sai no minuto seguinte, juntamente com Lingard, para a entrada de Jamie Vardy e Fabian Delph.
Golo histórico do Panamá
Aos setenta e seis Román Torres esteve muito perto de marcar o golo panamiano, escapando à marcação de Harry Maguire. O primeiro golo do Panamá num Mundial acontece dois minutos depois, por intermédio do veterano Felipe Baloy, na marcação de um livre. Festeja-se dentro e fora dos relvados como se fosse o golo do triunfo. Isto é Campeonato do Mundo!
O encontro cai a pique. Está muito calor, é um facto, mas as substituições no onze britânico não vieram acrescentar nada. E a diferença de golos, como já se disse, é determinante para as ambições finais da equipa. Henderson bem tenta puxar pelos companheiros mas é a exceção.
Boas Apostas!