No sábado a Inglaterra teve a sua vitória mais expressiva de sempre em fase finais de um Mundial. Seis a um ao Panamá, com hat trick de Harry Kane, foi o suficiente para os adeptos ingleses acreditarem que desta vez pode ser diferente. Há mesmo quem já fale no título. Mas os mais avisados sabem que até agora foi aquecimento. Para a seleção inglesa a competição a sério só vai arrancar nos oitavos de final. Nem o duelo com a Bélgica serve porque as duas já estão apuradas. No entretanto, festeja-se.

Campeões do Mundo

As reações à maior vitória de sempre da Inglaterra em Mundiais não se fizeram esperar. Todos aqueles que arrancaram os cabelos com a quebra exibicional na segunda parte com a Tunísia, estão a gora a cantar a plenos pulmões que o título vem para casa. São os exageros habituais da imprensa inglesa.

É verdade que uma goleada empolga e a seleção inglesa mostrou seriedade na procura dos seus objetivos. Era preciso ganhar e marcar golos, tendo em consideração a discussão do primeiro lugar do grupo com a prolífica Bélgica. A única dúvida era a capacidade de resistência dos panamianos, que frente aos belgas demoraram a abrir brechas. Desta vez não aconteceu e o golo cedo alterou bastante o desenrolar da partida.

Desta vez pode ser diferente

Jesse Lingard destacou-se mais uma vez, ele que já tinha estado no melhor que a seleção fez frente à Tunísia.

Jesse Lingard destacou-se mais uma vez, ele que já tinha estado no melhor que a seleção fez frente à Tunísia.

Os ingleses estão escaldados com a seleção. A prestação nas grandes competições mais recentes foram de tal forma dececionantes que agora evitam expetativas exageradas. Há quatro anos, no Brasil, caiu na fase de grupos sem vencer uma única partida. Perdeu com Itália e Uruguai e empatou com a Costa Rica a zero. No Euro 2016 foram eliminados pela Islândia. Mas o 6-1 abala esta tentativa de comedimento. Começam a acreditar que desta vez pode ser diferente. Atrevem-se a sonhar.

Lingard e Kane em destaque

Com Dele Alli relegado para o banco, Jesse Lingard foi, mais um vez figura em destaque. Harry Kane foi o homem do jogo porque um hat trick, mesmo que o terceiro seja quase involuntário, tem sempre um impacto mais expressivo. Mas o homem do Manchester United, que já estivera envolvido no que de melhor a seleção inglesa fez no primeiro jogo, foi o elemento mais ameaçador na primeira parte, e aquele cuja ação fo0i evidenciando as debilidades defensivas do Panamá. John Stones não pode ser esquecido, por marcou dois golos, e nos comentários posteriores de Gareth Southgate percebemos que os lances de bola parada mereceram especial atenção. Quatro dos golos da Inglaterra no Rússia 2018 resultaram destes lances.

Isto é só o aquecimento

A goleada ao Panamá, ainda que empolgante, não pode fazer esquecer que este é um adversário acessível.

As goleadas empolgam mas ninguém pode esquecer que do outro lado estava o Panamá.

Os mais avisados, entre adeptos e comentadores, não se deixam levar por arroubos de entusiasmo e relembram que até agora a equipa tem estado a fazer uma espécie de aquecimento, dada a qualidade coletiva dos adversários. Nem sequer o embate com a Bélgica, na quinta-feira, será um jogo de exigência máxima. É verdade que as duas equipas estão empatadas em pontos e golos e aqui se decidirá o primeiro lugar do grupo. Mas estão ambas com a qualificação garantida e alguns jogadores terão que ser preservados, de parte a parte, já a pensar na fase seguinte. Lukaku, por exemplo, que está tocado, não deve ir a jogo e não será o único nestas condições.

A competição vai começar a doer nos oitavos de final, onde irão enfrentar Colômbia, Japão ou Nigéria. Por alguma razão o Grupo H ainda está em aberto, e a Polónia já está de malas aviadas.

Boas Apostas!