Pela primeira vez em toda a sua história, a seleção inglesa levou a melhor numa decisão através da marcação de grandes penalidades na fase final de um campeonato do mundo. Os “Three Lions” bateram a Colômbia e apuraram-se para os quartos-de-final após um empate a uma bola no tempo regulamentar.
Assim que se soube que a eliminatória seria decidida através da marcação de grandes penalidades, temeu-se o pior em “terras de sua Majestade”. O histórico negativo da seleção inglesa em decisões através da marcação de “castigos máximos” assombrava o povo inglês. Quis o destino que fosse uma das seleções mais jovens que a Inglaterra já apresentou em fases finais a “quebrar o enguiço”. Mas já lá vamos…
Tempo regulamentar “dividido”, com maior ascendente inglês a espaços. Em termos globais, os comandados de Gareth Southgate foram a equipa mais “sóbria” ao longo de 90 minutos que terminariam com uma igualdade a uma bola. Mais “adulta” que o habitual na forma como geriu os momentos de jogo e demonstrando uma invulgar capacidade de incutir fluidez e clarividência na circulação, a equipa inglesa chegaria à vantagem ao minuto 57, cortesia de uma grande penalidade cobrada por Harry Kane.
Após o golo britânico, o jogo ficou significativamente mais pobre, com imensas paragens em virtude da impetuosidade aplicada pelos jogadores colombianos em cada lance, demasiado agressivos em várias ações e muito precipitados nas suas ações. No entanto, depois de ter sofrido alguns “sopros” em virtude das perigosas transições da equipa inglesa, o coração colombiano resistiria e o tento da igualdade seria mesmo alcançado já para lá dos 90, na sequência de um pontapé de canto, por parte do protagonista do costume: o central Yerry Mina voltou a subir mais alto que os opositores e cabeceou para a igualdade a um golo.
No 30 minutos complementares, o respeito mútuo imperou e, seguindo a “regra” deste campeonato do mundo, o medo de perder sobrepôs-se à vontade de ganhar. A seleção inglesa foi quem mais lutou por evitar que a decisão se arrastasse para as grandes penalidades, no entanto, sem sucesso.
Na hora de partir para a marcar de 11 metros, as duas equipas patentearam confiança nas primeiras cobranças, até que Jordan Henderson permitiu a defesa a Davide Ospine. Quando o mundo parecia voltar a cair em cima da seleção inglesa, Marcos Uribe também não acertou na rede. Trippier deu vantagem (e confiança) aos “Three Lions” com uma conversão exemplar, Bacca “tremeu” no remate seguinte e Eric Dier, jogador com passado associado ao Sporting e lançado por Southgate a dez minutos dos 90, colocou a Inglaterra nos quartos-de-final da competição, etapa em que vai defrontar a Suécia.
Boas Apostas!