O trono do futsal mundial vai receber um novo rei. O campeonato do mundo da Colômbia fica nos compêndios da modalidade por assinalar a interrupção da dicotomia Brasil-Espanha. Depois da prematura eliminação brasileira nos “oitavos”, a Espanha foi eliminada pela Rússia nos “quartos”, abrindo uma janela de oportunidade para mais uma nação constar no lote de vencedores da competição.
Cerca de sete meses depois de se terem defrontado na final do campeonato da Europa, as seleções de Rússia e Espanha voltaram a encontrar-se nos quartos-de-final do Mundial da modalidade. Em Cali como em Belgrado, o saldo final voltou a separar as duas equipas por quatro golos, mas desta feita foi a Rússia que teve razões para sorrir. Privada dos serviços de Aicardo (lesionado) e Lozano (castigado), a seleção espanhola perdeu por seis bolas a duas e despediu-se do campeonato do mundo. Na hora do adeus, o guarda-redes Paco Sedano foi a voz do conjunto, realizando um discurso sóbrio em que reconheceu que a mudança (de vencedor, no caso) é boa para a evolução da modalidade, recusando recorrer às ausências na equipa para desculpabilizar a eliminação ou tentar retirar mérito ao adversário. Ivan Chishkala e Éder Lima – dois golos cada – voltaram a estar evidência num encontro em que até o guarda-redes Gustavo fez “o gosto ao pé” nos últimos instantes desafios, tirando partido da estratégia adoptada pelos espanhóis. A Rússia é, por esta altura, uma forte candidata à conquista do troféu. Para já terá que debelar a congénere do Irão, campeã asiática que deixou o Brasil pelo caminho e nos “quartos” eliminou o Paraguai após prolongamento (3-4).
Volvidos 16 anos, a seleção portuguesa voltou a garantir presença nas meias-finais de um campeonato do mundo. Frente ao Azerbaijão, conjunto com sotaque brasileiro que não pôde contar com Huseynli, Fineo e Vassoura, a equipa orientada por Jorge Braz realizou uma boa exibição, assumindo as ações do jogo durante praticamente toda a partida. Djô, João Matos e Ricardinho – mais um golpe de mestria do “mágico” – deram expressão ao marcador do lado português, enquanto Thiago Bolinha e Edu Borges foram os autores dos golos da formação “azeri”. Na meia-final, a seleção portuguesa defrontará a Argentina, campeão sul-americana que não se atemorizou no embate com o Egipto – conjunto que tinha eliminado a Itália – e venceu por um resultado esclarecedor: 5-0.
Boas Apostas!