Estão definidos os dois finalistas que irão disputar a Taça EFL a 25 de fevereiro. O Southampton impôs-se ao Liverpool em Anfield, confirmando a vantagem que já trazia de casa. O Manchester United perdeu com o Hull de Marco Silva e José Mourinho só faltava espumar da boca na entrevista final. Mas são os Red Devils a ir a Wembley, graças ao golo marcado fora.

Estratégia do Southampton dá frutos

A final de Wembley é um prémio justo para a equipa de Peul, que mostrou saber anular os Reds nas duas mãos.

A final de Wembley é um prémio justo para a equipa de Puel, que mostrou saber anular os Reds nas duas mãos.

Competia ao Liverpool reverter a derrota pela margem mínima sofrida em St. Mary’s, na quarta-feira. Mas Claude Puel colocou em campo a estratégia inevitável: manter os caminhos para a baliza barrados, com organização, e esperar uma ou outra oportunidade para tentar a sua sorte. A execução do Southampton esteve irrepreensível. E a formação da casa nunca encontrou uma forma de romper as barreiras adversárias. Parece continuar a faltar confiança a Daniel Sturridge nos momentos decisivos, Coutinho ainda não está na melhor forma, e a ação desequilibradora de Mané não está lá para servir de alavanca. Shane Long marcou o golo da vitória já em tempo de descontos mas só veio reforçar a vantagem que os Saints traziam da primeira mão. A presença na final da Taça da Liga é um prémio mais do que justo para esta equipa que passou por momentos complicados na transição para o projeto de Puel mas que a cada partida parece mais forte e consolidada.

Os Tigers mostram os dentes ao United

O Hull não vai à final mas conseguiu bater o pé ao United.

O Hull City não vai à final mas conseguiu bater o pé ao Manchester United.

O Hull City sabia que com os dois golos de atraso que trazia da primeira mão, em Old Trafford, tinham que conquistar qualquer coisa cedo para deixar a eliminatória em aberto. A equipa de Marco Silva não se limitou a encolher-se e frustrar as iniciativas do United. Esteve muito bem a pressionar e a movimentar a bola no meio-campo. E sempre que a oportunidade se apresentou tentou aproximar-se da baliza de David de Gea. O primeiro golo dos Tigers aconteceu aos trinta e cinco minutos, na conversão de um penalti duvidoso, concretizado por Tom Huddlestone. Pogba ainda reduziu aos sessenta e seis, numa jogada de entrosamento com Ibrahimovic. Mas Oumar Niasse, a cinco minutos do fim, haveria de repor a vantagem da formação da casa. Não foi suficiente para seguir em frente mas deu uma demostração de força frente aos Red Devils.

Marco Silva destacou o facto da sua equipa ter vencido os últimos três jogos em casa, desde que o técnico português chegou. É muito positivo para um clube que enfrente uma luta pela permanência na Premier League. É preciso não esquecer que a equipa continua com muitas lesões, já perdeu Livermore e pode ficar também sem Snodgrass. E que no jogo de Stamford Bridge não sofreu apenas a baixa de Ryan Mason. Também Curtis Davies, o melhor central dos Tigers, saiu magoado. Nenhum destes nomes acima citados esteve em campo na quinta-feira frente ao United. E nem sequer podemos dizer que Mourinho tenha feito qualquer espécie de poupança. Ele sabia que a noite ia ser dura e colocou todos os titulares em jogo.

O treinador do Manchester United saiu claramente furioso da partida. É certo que a equipa visitante pode achar que tem razões de queixa do árbitro, que de facto não teve um critério muito consistente, mas a pálida exibição dos Red Devils é que encher Mourinho de frustração. Era a segunda mão de uma meia-final. O Hull compreendeu a importância do momento, mas passou completamente ao lado do United.

Boas Apostas!