A janela de mercado fez correr muita tinta em Inglaterra, como é hábito. Com o soar do gongo acaba a especulação e fica a realidade concreta das equipas, pelo menos até ao próximo verão. O Hull City dominou pela quantidade de entradas e saídas mas também porque, contas feitas, fica com um saldo positivo de quase seis milhões de euros, entre vendas e novas contratações.

Corrupio de saídas e entradas nos Tigers

Markovic chega por empréstimo e Marco Silva pode ser a sua ultima oportunidade de afirmação em Inglaterra.

Markovic chega por empréstimo e Marco Silva pode ser a sua ultima oportunidade de afirmação em Inglaterra.

O Hull City fez em janeiro o que não fez no verão. Com a perspetiva de venda a curto ou médio prazo o clube recém-promovido à Premier League optou por fingir-se de morto. A falta de estratégia conduziu à saída de Steve Bruce e nem a razia de lesões da pré-época fez a direção mudar de ideias. Agora tiveram que o fazer. A chegada de Marco Silva mexeu com a equipa, positivamente, mas continua a ser preciso reforçar as opções. Logo no início de janeiro ficou claro que os dois melhores jogadores do plantel tinham mercado e as saídas confirmaram-se. Jack Livermore assinou com o West Bromwich e nos últimos dias Robert Snodgrass foi confirmado nos Hammers. Só com estas duas vendas o clube encaixou vinte e três milhões e meio de euros. Alex Bruce, James Weir e Allan McGregor saíram, os dois primeiros para o Wigan, o outro para o Cardiff, mas por empréstimo. Com as várias baixas que a equipa continua a ter devido a lesão era motivo para perguntar se o treinador português ainda ficava com jogadores suficientes para uma convocatória.

Os primeiro reforços tinham sido avançados ainda as duas saídas não estavam concretizadas: a contratação de Evandro ao FC Porto, por dois milhões e meio, e a cedência de Oumar Niasse por parte do Liverpool. Aos todo, são sete as entradas, cinco das quais pela via do empréstimo, que cobrem todas as posições do campo. Andrea Ranocchia chega do AC Milan e Omar Elabdellaoui do Olympiakos para reforçar o setor defensivo. Para o meio-campo vêm, além do referido médio dos Dragões, Alfred N’Diaye do Villarreal e Markus Henriksen do AZ Alkmaar. Para a frente de ataque as contribuições virão de Kamil Grosicki, do Stade Rennais, Niasse, cedido pelo Everton, e Lazar Marcovik, por cedência do Liverpool.

Como a grande maioria destas entradas não são contratações efetivas, o saldo é francamente positivo: quase seis milhões de euros. Pelo menos na perspetiva financeira. Veremos quanto tempo Marco Silva vai precisar para encaixar todas estas novas peças numa formação que continua a ter adversários de topo no horizonte imediato da Premier League.

Outras transferências mediáticas

Payet conseguiu levar a sua avante e o West Ham encaixou quase trinta milhões de euros pela venda ao Marselha.

Payet conseguiu levar a sua avante e o West Ham encaixou quase trinta milhões de euros pela venda ao Marselha.

Dimitri Payet protagonizou uma das transferências mais mediáticas de janeiro. O francês conseguiu levar a sua avante e seguiu para o Marselha. Ao ir buscar Snodgrass o West Ham fica também com quinze milhões de libras para gastar em futuras idas ao mercado. O campeonato francês foi também o destino de Memphis Depay. O holandês caiu rapidamente das opções na era Mourinho e agora tentará relançar a carreira fora de Inglaterra. No que respeita a reforços impactantes que venham de fora, Gabriel de Jesus é, sem dúvida, a cereja no topo do bolo. O jovem avançado do Palmeiras já estava de viagem marcada para o City de Guardiola há meses e logo que entrou deu ares da sua graça.

Boas Apostas!